Obama pretende aumentar exportações para o Brasil
A tão esperada visita do presidente Barack Obama ao Brasil nos próximas dias 19 e 20 vai se concentrar principalmente em questões econômicas e comerciais. De acordo com a Casa Branca, a viagem é principalmente sobre a recuperação dos Estados Unidos, exportações americanas e a relação crucial que a America Latina desempenha no futuro econômico e nos empregos nos Estados Unidos.
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Raquel Krahenbül, correspondente da RFI em Washington
O assessor adjunto para assuntos econômicos do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Froman, afirmou nesta terça-feira que a viagem de Obama ao Brasil proporciona uma excelente oportunidade ao governo americano de aprofundar as relações econômicas com o novo governo brasileiro. Apontando números da economia, Froman enfatizou a importância desta relação. Ele disse que as exportações americanas para o Brasil dobraram nos últimos cinco anos, e que somente em 2010 aumentaram 35%. Ele também falou que o Brasil sustenta 250 mil empregos nos Estados Unidos e que a relação comercial entre os dois paises equivale a cerca de 80 bilhões de dólares. Segundo o representante da Casa Branca, o Brasil e os Estados Unidos seguem uma trajetória muito boa, mas ainda há muito potencial a ser explorado, principalmente nas áreas de energia e de infraestrutura.
Os presidentes Obama e Dilma Roussef vão discutir cooperações na área de energia, tanto de biocombustíveis quanto de petróleo, em especial no pré-sal. Os americanos também vão apresentar o interesse em investir em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.
Froman insistiu que a experiência dos Estados Unidos no setor do petróleo e na construção de infraestrutura para eventos esportivos pode ser útil ao Brasil. Representantes de peso do governo americano, como o Secretário do Tesouro Timothy Geithner, o Secretário de Comércio Gary Locke e o Secretário de Energia Steve Chu, vão acompanhar Obama durante estas discussões em Brasília no próximo sábado.
Nesta terça-feira, o diretor executivo do Conselho de Negócios Brasil- Estados Unidos, Steven Bipes, disse que espera alguns anúncios significativos que poderão ajudar a levar as relações comerciais dos dois países para o próximo nível. Entre eles, estaria a possível assinatura de um acordo de sistema de comércio e investimento (TIFA). Outro acordo que também pode avançar é o que trata da eliminação da bitributação dos investimentos nos dois países.
As questões mais delicadas como os subsídios agrícolas e as tarifas sobre o etanol, além da balança comercial desfavorável ao Brasil e outros problemas econômicos globais também devem fazer parte das conversas oficiais, mas nenhum acordo é esperado.
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