Dilma condena na ONU uso da força para solucionar conflitos
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Como manda a tradição, a presidente do Brasil foi a primeira chefe de Estado a discursar na abertura da 69ª Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira (24), em Nova York. O discurso durou cerca de 30 minutos. Dilma Rousseff destacou as conquistas sociais e o combate à corrupção no Brasil, além de condenar as intervenções militares para solucionar conflitos. Ontem (23), a presidente já tinha lamentado os ataques aéreos dos Estados Unidos na Síria durante uma coletiva de imprensa.
Em seu discurso na ONU, Dilma afirmou que “o uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos". Segundo ela, “isso está claro na persistência da Questão Palestina”. Para a presidente brasileira, “não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios.”
Como havia anunciado na coletiva de ontem, ela voltou a pedir a reforma do Conselho de Segurança da ONU, uma reivindicação antiga do Brasil. Dilma avalia que o órgão das Nações Unidas tem “encontrado dificuldade em promover a solução pacifica desses conflitos”.
Conquistas sociais
Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, iniciou seu discurso destacando os avanços obtidos em seu governo e de seu antecessor Lula. Ela lembrou as ações efetivas para erradicar a fome e a miséria e promover o emprego e a saúde no país. A presidente também ressaltou “como valor fundamental” o combate à corrupção e citou a criação do Portal Governamental da Transparência. Dilma evitou abordar alguns temas polêmicos, como o escândalo de espionagem pelos órgãos de inteligência americanos que no ano passado dominou seu discurso.
A 69ª Assembleia Geral da ONU começou nesta terça-feira com um pronunciamento do secretário-geral Ban Ki-moon, que lamentou os “ataques sofridos pelos direitos humanos em todo o mundo”. Dilma foi a primeira dos mais de 140 chefes de Estados presentes a discursar. Ela cedeu a tribuna ao presidente dos Estados Unidos. Barack Obama que prometeu "manter a pressão contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico”.
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