Bolsonaro pode prestar contas pela gestão da pandemia no Brasil
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No Brasil, o governo de Jair Bolsonaro é alvo de uma comissão parlamentar de inquérito pela gestão da pandemia, que já fez mais de 400.000 mortos. Este sábado, os apoiantes do presidente foram para as ruas em dezenas de cidades do país para o defender, enquanto as centrais sindicais reuniram várias figuras da esquerda num evento online em que se pediu “o fim de um pesadelo” que consideram protagonizado pelo chefe de Estado.
Virou quase uma rotina: cada vez que o presidente Jair Bolsonaro está em dificuldade, os seus apoiantes organizam uma carreata na Orla de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Maurício participou na manifestação porque não acredita nos números oficiais sobre a Covid-19 e acha que os motivos da comissão parlamentar são políticos: “Eles alegam que há 400.000 mortos. [Eles] fabricam esses números! Ninguém morre de mais nada nesse país, só se morre de Covid! A CPI está claramente aqui para arrumar alguma medida para o derrubar, para o impedir. Se for uma CPI para investigar, vai exactamente mostrar que Jair Bolsonaro agiu dentro da lei, correctamente", defendeu.
Neste Dia Mundial dos Trabalhadores, as centrais sindicais quiseram unir várias figuras da esquerda num evento “online”, em que participaram o ex-presidente Lula, mas também Guilherme Boulos, do partido Socialismo e Liberdade.
"Hoje é o momento de lembrar que não é só o vírus que mata, o corte do auxílio emergencial mata, a fome também mata. Esse é o momento em que a gente precisa unir todas as forças progressistas para colocar fim a esse pesadelo", declarou Guilherme Boulos antes do evento.
Já houve dezenas de pedidos de destituição contra Jair Bolsonaro, mas é necessária uma maioria no Congresso para o projecto seguir em frente.
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