Desemprego na zona do euro bate novo recorde
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O desemprego nos países da zona do euro atingiu 11,9% da população em janeiro, um recorde desde a criação da moeda única. Isso equivale a 18,998 milhões de pessoas sem ocupação remunerada. Os dados são da Eurostat, a agência europeia de estatísticas, divulgados nesta sexta-feira.
A situação mais crítica é na Espanha, onde 26,2% da população estão desempregados. Entre os jovens até 25 anos, o índice chega a 55%. Entre as mulheres, o desemprego afeta 26,7%, enquanto entre os homens chega a 25,9%. Na Grécia, outro país submetido a um rígido programa de austeridade, o desemprego também é alarmante, atingindo 55,5% da população.
Já em alguns países do bloco, a taxa de desemprego é bem menor: 4,9% na Áustria, 5,3% na Alemanha e Luxemburgo, e 6% na Holanda.
Em apenas um mês, mais 201000 pessoas se juntaram às listas de desempregados na zona do euro. “Esses níveis são inaceitáveis”, lamentou Jonathan Todd, porta-voz do comissário europeu do Trabalho, Laszlo Andor. Para Todd, trata-se de “uma tragédia para a Europa”.
O desemprego pode influenciar o consumo, um dos motores do crescimento, “uma vez que o poder de compra é sufocado por salários que não aumentam e por políticas de austeridade”, analisa Howard Archer, economista da consultoria IHS Global Insight. Para Martin van Vliet, economista do banco holandês ING, “infelizmente, a tendência não deve mudar em breve”.
Para tentar combater a situação, os ministros europeus do Trabalho adotaram na quinta-feira, uma proposta da Comissão Europeia, batizada de “garantia para os jovens”. O objetivo é de estimular que os governos ofereçam aos jovens de até 25 anos “um emprego, uma educação complementar, aprendizado ou um estágio de qualidade”.
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