FMI recomenda novas medidas de rigor a Portugal
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou novas medidas de austeridade a Portugal, que sob plano de resgate financeiro. De acordo com um relatório publicado no site do governo, o órgão pede que Lisboa reduza salários e aposentadorias e corte postos do funcionalismo público para promover economias de até 4 bilhões de euros.
O governo direitista do país pediu a consultoria do FMI e do Banco Mundial para promover uma "reforma do Estado" anunciada pelo Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho em outubro.
Para o FMI, é preciso eliminar 20% dos 700 mil funcionários portugueses e cortar 7% dos salários dos restantes para economizar quase 3 bilhões e meio de euros. Em coletiva de imprensa, o secretário de Estado Carlos Moedas disse que o relatório do FMI é "uma contribuição entre outras" e convidou "a sociedade civil, os partidos políticos e os parceiros sociais" a participar de "um debate sereno e construtivo" sobre a reforma do Estado".
Mas, como era de se esperar, o relatório do FMI desencadeou uma avalanche de críticas, principalmente por parte dos sindicatos, que classificaram o texto de "ataque sem precedentes", "absolutamente inaceitável".
Atualmente, Portugal se beneficia de um plano de resgate internacional de 78 bilhões de euros em três anos, acordado pelo FMI e a União europeia em maio de 2011.
As propostas do FMI aparecem pouco depois de o governo anunciar um orçamento de rigor sem precedentes para 2013, que visa economizar 5,3 bilhões de euros. Oitenta por cento desta economia virá de altas nos impostos.
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