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Governo francês quer cortar nos subsídios de desemprego

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As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas por questões da actualidade económico-social em França.Desemprego: endurecimento das regras de indemnização, titula, LE MONDE. Cerca de 850 mil pessoas feverão ser afectadas pela reforma do subsídio de desemprego que deve entrar em vigor no dia 1 de novembro. O montante mensal da indemnização deve sofrer uma baixa média de 22% e mesmo 50% nalguns casos passando de 905 euros para 708 euros.Para se ter direito ao subsídio de desemprego a pessoa terá de ter trabalhado 6 meses num período de referência de 24 meses e não 4 meses num espaço temporal de 28 meses. E os direitos a ter o subsídio só serão garantidos a partir das 910 horas um patamar 6 vezes superior que, actualmente, sublinha, LE MONDE.Desempregados, a punição financeira, titula, L'HUMANITÉ. Contra o parecer de todos os sindicatos a reforma mete a mão nos bolsos dos empregados. É uma bomba social para os mais precários. Parte das novas regras de indemnização suprimirão direitos de subsídio a mais de 1 milhão de desempregados, nota, L'HUMANITÉ. Peugeot e Fiat quer criar um gigante do automóvel, titula, LE FIGARO. Os dois grupos negoceiam a sua fusão para serem o quinto construtor mundial com 8,7 milhões de carros vendidos anualmente.Se a operação se concretizar o futuro grupo representará mais de 180 mil milhões de euros de volume de negócios e pesará 45 mil milhões de euros na Bolsa. A ambição é criar um dos líderes mundiais da mobilidade, nota, LE FIGARO.Mudando de assunto, LIBÉRATION, titula, Seine-Saint-Denis, o estado promete dias melhores. Acompanhado por vários membros do governo, o primeiro ministro deve anunciar em Bobigny uma série de medidas para aliviar os eleitos locais e desencravar um dos departamentos mais pobres de França.Uma das 20 principais medidas é um prémio de 100 mil euros para os agentes do estado que permanecerem no departamento 5 anos seguidos, nota, LIBÉRATION.No internacional, LA CROIX, titula, o sonho de um novo Líbano. Para lá das clivagens comunitárizas, os libaneses aspiram subsituir um sistema político antiquado. Após duas semanas de protestos devido a uma taxa criada sobre Whatsapp e Facebook, o movimento de contestação continua. Para os habitantes esta crise tem múltiplos factores e é bem mais profunda, nota, LA CROIX.Por seu lado, LE MONDE, destaca Síria, onde há uma morte lenta dos prisioneiros jiadistas. Centenas de jiadistas, feridos ou à agonia vivem em condições deploráveis numa zona onde o direito não existe.Enfim, sobre o continente africano, LA CROIX, destaca Moçambique, perguntando, um triunfo demais?, para se referir às últimas eleições. A Renamo esperava conquistar nas urnas três a 5 províncias nas regiões centrais que constituem o seu feudo histórico.Ora, o escrutínio de 15 de outubro foi um desastre para a antiga guerrilha. Não apenas o presidente cessante, Filipe Nyusi, foi reeleito por uma maioria esmagadora, como a Frelimo não deixou nada para o seu rival. A oposição denuncia uma grande fraude e a Renamo recusou reconhecer os resultados oficiais, acrescenta, LA CROIX.

Primeiras páginas dos jornais franceses 31 de outubro de 2019
Primeiras páginas dos jornais franceses 31 de outubro de 2019 RFI