Artistas angolanos em exposição no Centro Pompidou
O Centro Cultural Georges Pompidou abriu esta quarta-feira as portas da exposição “China-África”.
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Até 18 de Maio, os artistas angolanos Kiluanji Kia Henda, Yonamine e Binelde Hyrcan têm obras expostas neste que é o maior museu de arte contemporânea em Paris, onde se encontram representadas várias formas das relações sino-africanas através da arte.
"China–África" não é apenas uma exposição com uma centena de obras, mas é uma janela aberta para descobrir um laboratório de investigação. Uma dezena de artistas vindos de Angola, China, França, Taiwan e Tailândia, propõem obras conceptuais para desconstruir imaginários em torno da noção China-África.
É possível retraçar parte da história de Angola através da arte como mostra o artista angolano Kiluanji Kia Hend no filme “Havemos de voltar”.
Artista angolano Kiluanji Kia Henda
Uma das obras que abre a exposição pertence a Kiluanji Kia Henda. O artista angolano filma uma palanca - um dos símbolos nacionais de Angola - que conta a história do país. A dado momento, a palanca cruza-se com um investidor chinês que quer comprá-la para a deixar na sua discoteca.
Nesta obra a presença chinesa em Angola é evidenciada. E até o Museu da história natural de Luanda é um dispositivo colonial só por isso. Kiluanji Kia Henda dá o nome We Shall Return à obra que se inspira no poema de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola (1975-79). Através de uma série de fotografias, o artista angolano apresenta a necessidade de retomar a história nacional e de reescrever.
A questão "China-África" articula-se não só em torno do passado, como em relação a todos nós. Hoje, somo parte desses dispositivos onde as ingerências coloniais são menos visíveis, apesar de presentes.
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