Notre-Dame de Paris ardeu há um ano, obras suspensas devido ao COVID-19
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A 15 de abril de 2019, um incêndio deflagrou na catedral Notre-Dame de Paris, as obras estão suspensas, mas o Presidente Emmanuel Macron reiterou que a sua reconstrução se fará até 2024.
Um ano depois do incêndio e apesar das obras de restauração da catedral terem sido suspensas desde 16 de março e pelo menos até 11 de maio, devido ao confinamento decretado em nome da luta contra a propagação da pandemia de COVID-19, o objectivo de reconstruí-la em cinco anos foi reiterado esta quarta-feira (15/04) pelo presidente Emmanuel Macron.
O incêndio começou por volta das 20 horas locais e um ano depois igualmente às 20 horas o sino "Emmanuel" na torre sul da catedral Notre-Dame de Paris vai voltar a dobrar.
Há um ano dezenas de parisienses, turistas e milhões de telespectadores no mundo inteiro, puderam ver centenas de bombeiros lutando contra as chamas, que destruiram parcialmente o tecto e sua estrutura em madeira, o coruchéu ou pináculo e rosáceas da catedral Notre-Dame, dedicada à Virgem Maria.
A vaga de emoção e solidariedade foi mundial, para apoiar a reconstrução deste monumento gótico, inscrito no património mundial da UNESCO, situado na Île de la Cité e rodeado pelo rio Sena (começado a construir em 1163 e terminado em 1345), que até ao incêndio culminava a 96 metros de altura com o seu coruchéu.
Uma enorme vaga de mobilisação a nível mundial, o Estado e grandes empresas francesas como L'Oréal ou LVMH, conseguiram obter 901,5 milhões de euros de dons, dos quais 188,3 milhões já foram arrecadados.
Logo no dia seguinte, a 16 de abril de 2019, o Presidente Emmanuel Macron prometeu que a sua reconstrução total seria feita no prazo de cinco anos.
Esta quarta-feira (15/04) o Presidente Emmanuel Macron reiterou que "tudo" seria feito para manter a promessa de reabrir ao público a catedral Notre-Dame em 2024.
Um desafio enorme, pois além da poluição provocada por centenas de toneladas de chumbo devido ao incêndio, a complexidade da sua reconstrução é enorme, mas os arquitectos de várias nacionalidades e outros profissionais prosseguem em teletrabalho os trabalhos de estudo para a sua restauração.
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