Fim do confinamento: Senado rejeita plano do governo
O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, apresentou esta segunda-feira o plano para o fim do confinamento em França. O Senado rejeitou a proposta com 89 votos contra, 81 a favor e 174 abstenções.
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"O momento é crítico, não podemos continuar confinados", afirmou esta segunda-feira o primeiro-ministro. Édouard Philippe apresentou o imperativo de uma recuperação gradual da economia e das escolas. A estratégia foi apresentada esta segunda-feira ao Senado francês.
O Senado, com maioria do partido de direita Os Republicanos, não validou o plano apresentado pelo governo esta segunda-feira com 89 votos a favor, 81 contra e 174 abstenções. O partido da oposição Os Republicano absteve-se e tanto socialistas como comunistas votaram contra.
O plano já tinha sido aprovado pelo Parlamento na passada terça-feira com 368 votos a favor,100 votos contra e 103 abstenções.
A faltar uma semana do fim do confinamento obrigatório, previsto para dia 11 de Maio, o chefe do governo insistiu perante os senadores no "preço social e económico" do confinamento "fracturante para a sociedade" e que "agrada as dificuldades para muitas famílias".
"O confinamento foi justificado pela urgência, mas o preço social e económico têm sido colossais (...) É imperiosa a retoma da vida económica, com ajustes e com boa vontade", sublinhou Édouard Philippe.
O primeiro-ministro descreveu ainda o fecho das escolas como "um desastre para as crianças e adolescentes mais vulneráveis", deixando a reabertura dos estabelecimentos escolares, segundo ele, "provavelmente numa bomba-relógio", em resposta aos presidentes de Câmara franceses que têm contestado a medida de reabrir as escolas a partir de dia 11 de Maio.
"A reabertura das escolas, parece ser uma prioridade social e republicana, que obviamente deve ser conciliada com nossos profissionais de saúde", acrescentou.
Em relação às máscaras, e contrariamente ao que tinha sido anunciado na semana passada, o primeiro-ministro indicou que seriam obrigatórias para os alunos do ensino médio apenas nos quadros em que as regras de distanciamento social não possam ser respeitadas.
Édouard Philippe anunciou ainda uma ajuda de 200 euros, atribuída a 800.000 jovens com menos de 25 anos, com estatuto "precário ou modesto". Uma ajuda para os "estudantes que perderam o emprego ou o estágio" ou para "estudantes estrangeiros isolados que não puderam voltar para casa" vão receber "no início de Junho" a quantia de 200 euros.
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