Aeroporto parisiense de Orly voltou a abrir com voo para o Porto
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Foi com um voo da companhia aérea Transavia com destino ao Porto, em Portugal, às 6h25 que o Aeroporto parisiense de Orly, o segundo da capital francesa, reabriu nesta sexta-feira, 26 de Junho. O recinto estava encerrado aos voos civis desde 31 de Março devido à pandemia de Covid-19.
O decréscimo brutal dos voos tinha levado ao encerramento do Aeroporto de Orly a 31 de Março e também o principal aeroporto parisiense, Roissy Charles de Gaulle, viu vários dos seus terminais encerrados.
A retoma dos voos a 15 de Junho no seio do espaço Schengen, como preconizado pela Comissão europeia, permitiu a retoma das operações no Aeroporto de Orly, em vésperas do arranque das férias de verão.
A retoma será gradual: nesta sexta-feira apenas serão efectuados 74 voos, 10% do habitual (cerca de 600 a 650 diários em período normal) e apenas um dos três terminais, o Terminal 3, estará operacional movimentando cerca de 8 000 passageiros, contra 90 000 habitualmente.
Na próxima semana devem ser já 173, no Outono a cifra deve situar-se em 50 a 65% do tráfego habitual.
Os destinos dos voos são em França, caso da Córsega ou de territórios ultramarinos, ou nomeadamente no espaço Schengen, caso dos países do Sul da Europa, como Portugal.
A abertura a 1 de Julho das fronteiras externas da União Europeia deveria permitir a retoma de voos rumo ao norte de África ou à África ocidental.
As normas de segurança foram reforçadas na aerogare e um quarto das lojas ainda se mantêm encerradas.
As máscaras e o gel de desinfecção, a sinalização para o distanciamento físico passam a fazer parte do novo figurino do Aeroporto de Orly.
E isto já que a Covid-19 continua activa, inclusive na Europa, onde na Alemanha ou em Portugal se voltaram a adoptar medidas de restrição para combater a propagação da pandemia, ainda sem vacina à vista.
O dia acabou por ser marcado pela interrupção a meio da manhã das operações devido à invasão do recinto pelo movimento ecologista "Extinction Rebellion" (Extinção Rebelião) que impediram algumas descolagens de aviões.
O movimento pedia a suspensão dos voos internos alegando razões de segurança, a empresa ADP (Aéroports de Paris) reunindo os aeroportos de Paris anunciou a sua intenção em apresentar queixa perante o ocorrido.
O primeiro voo foi, pois, efectuado pela Transavia, filial low cost do grupo Air France rumo ao Porto às 6h25 com jactos de água dos bombeiros a saudarem a retoma das operações. Benjamin Bordet, responsável das medidas sanitárias da empresa, confirmou à rfi a satisfação do pessoal pela retoma esta manhã dos voos no Aeroporto de Orly.
A Transavia efectuava hoje 16 voos para 12 destinos com os aviões a circularem com 2/3 dos passageiros.
A companhia de baixo custo acredita que este verão conseguirá alcançar 80% do seu tráfego habitual.
Bordet realçou o facto de a retoma ocorrer com um voo rumo ao Porto, com 119 passageiros a bordo, num aparelho com capacidade para 189.
O Porto é um destino histórico da empresa desde 2007, sendo Portugal o maior mercado da companhia que voa entre a França (Paris mas também diversas cidades da província) e as cidades lusas de Lisboa, Porto, Faro e Funchal.
A utilização de máscaras cirúrgicas a bordo pela tripulação e pelos passageiros é obrigatória a bordo.
Confira aqui a reportagem no terreno no Aeroporto de Orly com passageiros (Tamara e José) no dia da respectiva reabertura.
Aqui o sentimento oscilava entre receio de viajar e a necessidade imperativa de o fazer, no caso de Tamara, mas também de José, bloqueado em França desde o mês de Março e ansioso por voltar para Portugal.
Ambos foram, porém, obrigados a adiar para o dia seguinte a respectiva viagem para o Porto devido à avaria do avião em que deviam ter viajado.
Reabertura do aeroporto de Orly
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