Turquia julga responsáveis pela morte Jamal Khashoggi
A Turquia começa hoje a julgar à revelia 20 sauditas acusados de terem assassinado o jornalista Jamal Khashoggi na embaixada saudita em Istambul.
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O processo dos 20 sauditas acusados pela Turquia de terem assassinado Jamal Khashoggi começa, esta sexta-feira, em Istambul.
O jornalista saudita de 59 anos, um crítico do regime saudita e colaborador do Washington Post, foi assassinado e o seu corpo foi esquartejado a 2 de Outubro de 2018 no consulado da Árabia Saudita em Istambul, onde foi buscar um documento para se casar. Os restos mortais de Khashoggi não foram encontrados até ao momento.
Julgamento à revelia
A Justiça turca emitiu mandatos de captura visando os acusados que podem vir a ser condenados à pena de morte. Entre os acusados estão um ex-conselheiro do príncipe herdeiro saudita e o general Ahmed al-Assiri são apontados como os mandantes do assassinato.
Os dois homens são acusados de ter ordenado "o homicídio voluntário, premeditado e com intenção de provocar sofrimento".
Como os vinte acusados não se encontram em território turco serão julgados à revelia.
Arábia Saudita: “execução extrajudicial”
Em Dezembro do ano passado, o Ministério Público da Arábia Saudita condenou cinco pessoas à morte por estarem envolvidas no crime do jornalista saudita Jamal Khashoggi. Outros seis suspeitos foram condenados a penas de prisão até 24 anos.
Na altura, a relatora especial da ONU sobre execuções extrajudiciais, Agnes Callamard, disse o julgamento se tratou de uma “execução extrajudicial” e pediu uma investigação ao príncipe Mohammed bin Salman.
Agnes Callamard que deverá estar presente no julgamento que inicia esta sexta-feira em Istambul.
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