França: Governo propõe aumentos de 180 euros para pessoal de saúde
O governo francês propõe ao pessoal de saúde não médico um aumento de ordenado de 180 euros, as autoridades apostam também no recrutamento de 15 000 pessoas. Este anúncio ocorre depois de largos meses de luta da classe e na sequência também da crise da pandemia de Covid-19.
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Após sete semanas de negociações e na sequência de uma sessão na noite passada de quase onze horas o ministro francês da saúde, Olivier Véran, e os sindicatos alcançaram um projecto de acordo que deve ainda ser submetido às centrais sindicais até segunda-feira.
Em causa a distribuição de 7,5 mil milhões de euros prometidos pelo governo ao pessoal hospitalar, mobilizado na linha da frente contra a pandemia de Covid-19.
São abrangidos enfermeiros, auxiliares de enfermagem e pessoal administrativo, enquanto os médicos têm estado a ser alvo de negociações à parte, estas últimas bloqueadas até ao momento.
O aumento do ordenado deve fazer-se em duas fases: uma subida de 90 euros a 1 de Setembro e uma outra, do mesmo montante, em Março de 2021.
Quando inicialmente a reivindicação se prendia com 300 euros líquidos mensais.
O descontentamento da classe tem provocado amplas greves e protestos denunciado a degradação das condições de trabalho, falta de meios e ordenados pouco gratificantes.
Suzette Fernandes é responsável de utentes do Hospital Henri Mondor de Créteil, perto de Paris, começa por confirmar que este dispositivo se deve aplicar exclusivamente ao pessoal não médico.
Para ela “as enfermeiras e auxiliaires já começam a estar cansadas. 180 euros não é muito, é só metade do que pretendiam, mas é um bom progresso, sobretudo se houver mesmo o recrutamento de 15 000 pessoas”.
Suzette Fernandes é responsável de utentes do Hospital Henri Mondor de Créteil, perto de Paris, começa por confirmar que este dispositivo se deve aplicar exclusivamente ao pessoal não médico.
Suzette Fernandes sobre proposta do governo para sector da saúde
Esta dirigente começa por confirmar que os receios de uma segunda vaga da epidemia em França já se fazem sentir no mundo hospitalar, nomeadamente no estabelecimento em que trabalha.
Suzette Fernandes sobre receios de segunda vaga de Covid-19
"Fecharam novamente as visitas porque apareceu no interior do hospital um foco de infecção", conta ela. "Temos de ter muito cuidado e todo o cuidado é pouco".
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