Para premiê turco, disputa interna no PKK causou morte de curdas em Paris
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O assassinato das três ativistas curdas em Paris são provavelmente consequência de disputas internas dentro do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), defende o primeiro-ministro turco Recep Tayyp Erdogan. As vítimas pertenciam ao movimento e foram executadas com vários tiros na cabeça em Paris, na noite de quarta-feira. O partido suspeita da ação do serviço secreto turco.
De acordo com o premiê turco, mesmoque ainda seja preciso esperar as conclusões da investigação da polícia francesa, os primeiros elementos mostram que o crime teria provavelmente sido cometido por alguém de dentro do partido. "As três vítimas abriram a porta. Elas não teriam isso se não conhecessem o assassino", declarou o premiê turco nesta sexta. Uma tese refutada pelo PKK, cujas atividades são proibidas na Turquia, que acusa o serviço secreto turco de ter encomendado o crime.Entre as três vítimas, está Sabine Cansiz, 55 anos, ligada ao chefe do PKK, Abdullah Ocalan.
Ainda de acordo com Erdogan, o objetivo do criminoso seria “sabotar” as negociações de paz entre o governo turco e o PKK, considerado como uma organização terrorista em diversos países. Segundo a imprensa local, o governo turco e o líder do partido haviam chegado a um acordo prevendo o fim dos combates entre os militantes e o governo, que já deixou mais 45 mil pessoas mortas desde 1984.
Nesta sexta-feira, informações sobre resultado da autópsia vazaram do inquérito, mostrando que uma das mulheres recebeu quatro balas na cabeça, e as outras duas, três balas, o que corrobora a tese da execução. Mas por enquanto, nenhuma pista está descartada. Além de um acerto de contas interno dentro do PKK, a hipótese de vingança de um grupo de extrema-direita também continua válida.
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