França: Sarkozy entra na corrida às presidenciais
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O ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou a sua candidatura para as eleições primárias da direita no livro “Tudo pela França”, que vai ser publicado na quarta-feira. O actual chefe de Estado, François Hollande, também manifestou, num livro publicado na sexta-feira, a "intenção" de se recandidatar.
O livro "Tout pour la France" ("Tudo pela França") vai ser publicado esta quarta-feira e é o pontapé de saída para a corrida às eleições presidenciais de Nicolas Sarkozy.
“Decidi ser candidato às presidenciais de 2017. A França exige que lhe demos tudo”, escreve o antigo presidente no livro.
Sarkozy tem até quinta-feira para deixar a presidência do partido Os Republicanos e depois pode consagrar-se inteiramente à candidatura às primárias do seu partido para tentar regressar ao Palácio do Eliseu.
Aos 61 anos, Sarkozy poderá voltar a enfrentar François Hollande que o tirou do Eliseu em 2012, mas o actual presidente ainda não é oficialmente candidato.
Para já, Hollande falou apenas em "vontade de se recandidatar em 2017" e também utilizou o mundo editorial para o dizer. No livro “Conversas Privadas com o Presidente”, publicado na sexta-feira passada, Hollande afirmou que só avança se vir que há “uma possibilidade de vitória” e que se perder deixa a política devido à idade.
Ainda que Sarkozy e Hollande apareçam como os pesos pesados da corrida eleitoral, ambos vão ter de convencer, primeiro, o seu próprio campo político.
À direita, 12 outras personalidades querem participar nas primárias de 20 e 27 de Novembro, incluindo Alain Juppé, antigo primeiro-ministro e autarca de Bordéus, dado como favorito pelas sondagens.
À esquerda, também são muitas as personalidades com ambições presidenciais e discursos anti-Hollande, a começar pelo antigo ministro Arnaud Montebourg que pediu ao actual presidente para renunciar a um segundo mandato.
Outra antiga ministra do mandato de François Hollande, a ecologista Cécile Duflot, também vai entrar na corrida assim como o socialista Benoît Hamon, a senadora Marie-Noëlle Lienemann ou Gérard Filoche, inspetor do trabalho na reforma e outra voz polémica do PS.
A imprensa francesas tem ainda vindo a falar das ambições presidenciais do actual ministro da Economia, Emmanuel Macron, que lançou em Abril um movimento político "En Marche" e que disse, na semana passada, que não era socialista.
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