As capas dos semanários franceses estão dominadas pela foto de Donald Trump, presidente eleito nos Estados Unidos e as expectativas sobre a sua presidência ou política em relação à África.Estados Unidos, Trump! o que a África deve esperar do novo presidente, é o título de capa da JEUNE AFRIQUE. No capítulo da ajuda ao desenvolvimento, graças à USAID e ao Millennium Challenge Corporation, organismo criado por George Bush, em 2004, os Estados Unidos, tornaram-se no primeiro país doador em África.Com 31 mil milhões de dólares concedidos aos países pobres em 2015, os Estados Unidos, ultrapassam o Reino Unido, a Alemanha,o Japão e a França. Ora o candidato Trump anunciou cortes na ajuda ao desenvolvimento sem mais precisão.Em África, prossegue a JEUNE AFRIQUE, a preocupação é palpável, sublinhando, no entanto, que o Millennium Challenge Corporation é muito popular no seio do partido republicano, porque foi lançado por Bush, logo os republicanos, vão encorajar Trump a continuar com esse programa em honra de Bush.Por seu lado, L'OBS, faz a sua capa com os rostos de Trump e Marine Le Pen, frente a frente e o título: a vaga populista. Como evitar o pior, num especial de 50 páginas. Face à vaga populista que atinge as democracias ocidentais e reforçada eleição após eleição, não podemos ficar à espera do pior.A hora não é para renúncias mas para a mobilização. Os responsáveis políticos, economistas, sindicalistas ou personalidades francesas e europeias do mundo da cultura, reunidos pelo OBS, ainda acreditam num sobressalto das consciências.O milionário do povo, continua L'OBS, noutra passagem, perguntando: Será ele um ideólogo ou um pragmático. Ninguém sabe que tipo de Presidente será Donald Trump. Mas segundo os seus conselheiros será erro acreditar que ele nao tenha intenção de cumprir com as suas promessas mais radicais.Já o L'EXPRESS, pergunta, o 45° presidente dos Estados Unidos vai mudar as nossas relações com a América? A 20 de janeiro de 2017, ele ocupará a sala Oval da Casa Branca para apagar a presidência Obama: como Reagan no seu tempo, Trump deverá consagrar as primeiras horas do seu mandato para fazer a sua revolução.Trump e nós é o título do CHALLENGES, perguntando a França está ao abrigo de um efeito Trump? A vitória surpresa de Trump dá asas em todo o mundo aos candidatos anti-sistema. Em França, Marine Le Pen, como o futuro presidente americano, vai de vento em popa no seio das classes populares.França, todos à direita!, pertence ao COURRIER INTERNATIONAL, que pergunta: haverá um efeito Trump? Para a imprensa estrangeira, as ideias de Marine Le Pen poluem a primária da direita.Enfim, o editorialista do LE POINT, Delhommais, replica: Não, Trump, não é o candidato do anti-sistema! Não foi um presidente que foi eleito, mas um homem de negócios, um multimilionário, um ganhador. Há que ter uma imaginação esdrúxula duma Marine Le Pen [extrema direita] ou de Jean-Luc Mélenchon [esquerdista radical] para ver na vitória de Donald Trump, uma derrota do sistema.Mudando de assunto, LA LETTRE DE L'OCEAN INDIEN, refere-se aos aliados chineses da Emopesca, onde estão vários nomes de dirigentes moçambicanos e familiares, nomeadamente, a filha do antigo presidente Guebuza, Valentina da Luz Guebuza, da sociedade Fortune Investimentos.Por útimo, LA LETTRE DU CONTINENT, que se refere ao Senegal e sua antiga primeira ministra, Aminata Touré que poderá ser vice-secretária geral do português, António Gueterres, secretário geral da ONU, que quer nomear mulheres de países em desenvolvimento nos principais postos de responsabilidade da organização mundial.
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