A greve nos caminhos-de-ferro em França continua a dominar as primeiras páginas dos jornais franceses. Mas a nível internacional há um certo destaque para o ataque quimíco da Síria ou para críticas à prisão de Lula da Silva. SNCF, vias férreas estão mesmo duras, titula LIBÉRATION. Negociações estão em ponto morto, um governo intransigente, sindicatos que formam uma frente e o conflito que parece durar no tempo. É um braço de ferro, segundo o editorial do LIBÉRATION, sublinhando que nenhuma das duas partes está disposta a fazer concessões.Nem os sindicatos de olhos postos nas eleições profissionais do fim do ano ano na empresa nacional ferroviária, nem o poder político, que vive a sua primeira grande crise social do seu mandato de 5 anos, acrescenta LIBÉRATION.Atenção, uma mentira pode esconder uma outra, replica, em título, L'HUMANITÉ. Privatizações, linhas férreas locais, dívida, estatuto... as inverdades do governo. Estranhamente, discussões com os sindicatos estão previstas até o fim do mês de abril. "Discutir? Para fazer o quê?", perguntam os sindicatos, nota L'HUMANITÉ.Greves na SNCF: o executivo não abaixa o braço. Enquanto o diploma de reforma dá entrada na Assembleia, os maquinistas querem endurecer o seu movimento de greve.Face à mobilização dos grevistas da SNCF, Emmanuel Macron, escolhe ir à televisão na quinta-feira para explicar a sua reforma numa entrevista que será largamente seguida por um público de reformados. Uma categoria social céptica sobre as reformar que Macron lançou a toque de caixa, nota LE FIGARO.Por seu lado, LA CROIX, mudando de assunto, titula os católicos ao encontro de Macron. A igreja católica junta esta noite 400 personalidades para um diálogo inédito com o presidente da República.Os católicos não são um lobby mas devem defender uma concepção da sociedade que ponha o homem no centro, em particular, o mais frágil, defende Monsenhor Olivier Ribadeau-Dumas, secretário geral da Conferência dos bispos de França, nota LA CROIXNa actualidade internacional, Síria: o regime acusado de ataques químicos, é o principal título do vespertino, LE MONDE.Várias dezenas de pessoas foram mortas em Duma, em Ghouta, após ataques químicos levados a cabo, segundo observadores, pelo regime sírio. Segundo fontes hospitalares, os feridos e mortos apresentam sintomas típicos de bombardeamentos com gás sarino e cloro.O gás sarino já tinha sido utilizado pelo exército sírio em 2013, em Ghouta, em 2017 em Khan Cheihoun, no norte da Síria.Washington e Paris anunciaram uma resposta forte e comum mas sem dar indicações sobre a natureza das mesmas. Trump, responsabilizou a Rússia e o Irão e qualificou Assad de "animal". Por seu lado, uma base do regime sírio, igualmente, utilizada pelos iranianos foi atacada hoje por mísseis, provavelmente, disparadas por Israel, acrescenta LE MONDE.Ainda no internacional, LE MONDE, destaca igualmente a vitória de Viktor Orban nas legislativas na Hungria. Ele pretende salvar e defender o povo húngaro do mundo exterior que ele considera como inimigo e perigoso. Por seu lado, L'HUMANITÉ destaca Lula que se entregou à polícia mas não abdica face ao golpe. A burguesia brasileira enviou o favorito da eleição presidencial para a prisão. É uma justiça falida que abraça um golpe institucional, sublinha o jornal comunista. Enfim, para LE MONDE, a extrema direita de Bolsonaro, machista e homófobo, quer dirar proveito da prisão de Lula e do descrédito dos responsáveis políticos brasileiros.
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