Macron impopular lança debate nacional sobre crise
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Emmanuel Macron, chefe de Estado francês, recebe esta noite no palácio do Eliseu, os seus ministros, no quadro do debate nacional sobre a crise política e social em França. Democracia, cidadania, ecologia ou imigração são alguns dos temas desta concertação nacional que vai durar três meses.
O presidente francês, Emmanuel Macron, reúne esta noite no Eliseu o seu primeiro-ministro, Édouard Philippe e os respectivos ministros para lançar o prometido grande debate nacional com a preocupação de acalmar a ira dos coletes amarelos.
Mas por ora parece difícil e a prova disso é que ainda ontem à noite os mais radicais dos coletes amarelos incendiaram a estação de portagem de Bandol, no sudeste da França.
Sem dizer que os coletes amarelos já disseram que continuam com as manifestações de protesto no próximo sábado.
É neste quadro que o presidente Macron que bate os récordes de impopularidade de todos os presidentes da quinta República organiza esta reunião para lançar a concertação nacional que vai durar 3 meses.
73% dos franceses estão descontentes com o desempenho do presidente Macron, segundo uma última sondagem da Odoxa publicada esta terça-feira, a exemplo doutras sondagens que saíram durante esta crise em França.
Por outro lado, os contornos deste debate nacional ainda são poucos claros para a opinião pública que se mostra céptica. Entre os coletes amarelos, há uma corrente, que pensa mesmo que este debate é um pretexto para fazer esquecer as suas reivindicações em particular e a crise social em geral.
O debate nacional devia começar ontem, o que não aconteceu, e esta reunião do Presidente com os seus ministros foi agendada à última hora, dando a impressão de que não há uma verdadeira estratégia.
Sabe-se, no entanto, que durante a concertação nacional, serão debatidos temas relacionados com a transição ecológica, fiscalidade, organização do Estado, democracia, cidadania e imigração.
Enfim, o presidente Macron, continuará amanhã os seus esforços para que o sector privado financie igualmente medidas a favor do poder de compra dos franceses, recebendo a previdência social e seguradoras, depois de ter recebido banqueiros e empresários públicos e privados.
É a terceira reunião do género após ter anunciado o seu plano de resolução da crise social.
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