França

França quer inventar a fiscalidade do século XXI

A França quer avançar com o imposto Google já no próximo ano. A nova tributação aumenta de 3% sobre as receitas das gigantes tecnológicas. O governo francês esperava encontrar um acordo europeu mas não conseguiu convencer os 27 membros da união Europeia.

Ministro da Economia francês, Bruno Le Maire.
Ministro da Economia francês, Bruno Le Maire. ERIC PIERMONT / AFP
Publicidade

A França segue em frente sozinha, mas espera alcançar um acordo na OCDE até ao final do ano. As maiores empresas tecnológicas pagam hoje menos 14% de impostos do que as outras.

Para o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, aumentar os impostos das maiores empresas tecnológicas é uma questão de justiça fiscal.

"Ninguém pode aceitar que as maiores empresas tecnológicas do mundo paguem 14% a menos do que as outras empresas na Europa e fora. Queremos com este imposto aos gigantes da internet, inventar a fiscalidade do século XXI", afirmou em conferência de imprensa o ministro da Economia.

Bruno Le Maire explicou ainda que se trata de um "imposto simples, uma vez que terá uma taxa única de 3% sobre as receitas geradas em França. É uma lei direcionada já que se aplica apenas às maiores empresas tecnológicas. Não queremos travar a inovação das nossas startup, nem travar a digitalização das nossas pequenas e medias empresas."

O governo francês esperava encontrar um acordo europeu mas não conseguiu convencer os 27 membros da união Europeia.

A França vai avançar sozinha com a polémica taxa Google aplicada no próximo ano a cerca de 30 as empresas tecnológicas entre as quais se encontram a Google, Facebook, Amazon, Apple, Uber, Airbnb, Booking e até a francesa Criteo.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI