O Japão teme o pior, afirma imprensa francesa sobre ameaças de catástrofe nuclear
A tragédia provocada pelo pior terremoto da história do Japão e os riscos de uma catástrofe nuclear e novos tremores de terra no país ilustram as manchetes de todos os jornais franceses desta segunda-feira. O Japão teme o pior, é o título do jornal conservador Le Figaro ao comentar o temor da população e do governo diante da previsão de mais um terremoto de grande intensidade e de um "novo Tchernobyl", referência ao vazamento radiotivo da usina nuclear na Ucrânia que deixou 25 mil mortos e espalhou radioatividade pelo continente europeu.
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O enviado especial do jornal ao país escreve que reina uma atmosfera estranha em Tóquio. Normalmente, depois de um terremoto, os japoneses pensam que o pior já passou, mas desta vez, escreveu o repórter enviado ao Japão, o pior parece que ainda está por vir. O Le Figaro fez uma ilustração explicando em detalhes o acidente no reator 1 da usina nuclear de Fukushima onde foi registrada uma explosão após o terremoto.
O terror, resume na sua capa o jornal Libération sobre a foto de uma jovem com a expressão de horror e os olhos em lágrimas. Enquanto o balanço do terremoto e do tsunami pode ultrapassar 10 mil mortos, o Japão está sob a ameaça de uma catástrofe nuclear, escreve o Libé.
A reportagem principal começa com a afirmação do primeiro-ministro Naoto Kan de que o país enfrenta a pior crise depois da Segunda Guerra Mundial. Ontem, em sua mensagem, o chefe de governo era a própria imagem do país: em estado de choque, escreveu o Libé.
A tragédia de uma nação, titula o econômico Les Echos. Diante do que chamou uma crise histórica, o jornal explica em detalhes a estratégia considerada desesperada de usar até a água do mar para resfriar o « coração » do reator nuclear para evitar uma tragédia nuclear.
Terremoto, tsunami e átomo, os três flagelos do Japão resumiu em título o católico La Croix. Para o jornal, os japoneses resistem. Ao medo do tremor de terra de 8,9 na escala Richter e ao luto provocado pelo tsunami que deixou milhares de mortos, junta-se agora o que o jornal chama de incerteza angustiante sobre a ameaça nuclear.
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