Operação militar na Líbia é destaque na imprensa francesa
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A operação militar da França, Estados Unidos e Inglaterra contra o governo de Kadafi é destaque na imprensa francesa nessa segunda-feira, que analisa a operação militar “Odisséia do Amanhecer” e os cenários possíveis para o futuro da Líbia.
O editorial do jornal Libération fala sobre os perigos da ação militar comparando o problema da Líbia com o do Iraque. O jornal traz uma entrevista com François Heisbourg, da Fundação pela Pesquisa Estratégica, que analisa o cenário da crise na Líbia e os impactos das primeiras operações da coalizão. O especialista se diz confiante, mas afirma que não será fácil administrar o país depois que Mouammar Kadafi saia do poder, porque os países do ocidente conhecem pouco esse a Líbia.
O jornal também fala que o encontro de líderes para decidir sobre o destino da Líbia, no Palácio do Elysée em Paris, foi um golpe de comunicação do presidente Nicholas Sarkozy para melhorar a imagem de sua política internacional, atualmente bastante questionada. O jornal também traz as palavras de Hugo Chavez, um dos poucos presidentes a apoiar o regime líbio. O presidente da Venezuela, segundo o jornal, apóia o amigo Kadafi e julga irresponsável a intervenção militar.
Segundo o jornal de direita Le Figaro, a aviação francesa salvou os insurgentes de Benghazi. Depois dos bombardeios, que caíram “com uma precisão quase diabólica, as forças leais a Kadafi se retiraram rapidamente”, completa o texto do jornal. Le Figaro considera essa guerra principalmente psicológica. Para o jornal, o mais importante seria o lado psíquico e não as conquistas do terreno, porque as forças leais a Kadafi teriam conseguido ganhar terreno com bombardeios aéreos “psicologicamente devastadores”. O cotidiano francês também traz uma entrevista com Hadi Shalluf, presidente do partido pela justiça e pela democracia na Líbia que analisa a possibilidade de atos terroristas como resposta aos ataques. Segundo ele, essas ações são possíveis e não faltariam meios financeiros para financiá-las.
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