Principais metrópoles francesas desrespeitam normas de qualidade do ar
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A redução da poluição do ar em nove cidades francesas permitiria evitar 3 mil mortes por ano, além de economizar 5 bilhões de euros, de acordo com um estudo do Instituto de Acompanhamento Sanitário. As cidades analisadas são as principais metrópoles francesas: Paris, Bordeaux, Le Havre, Lille, Lyon, Marselha, Rouen, Estrasburgo e Toulouse.
No total, 12 milhões de habitantes moram nestes municípios, metade delas na capital. Todas registram um nível de micropartículas e de ozônio superiores ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A análise faz parte do projeto Aphekom, que avalia a poluição em 25 cidades do continente.
Os índices elevados são verificados mesmo nos dias em que não há picos de poluição, e afetam a esperança de vida da população que vive nas metrópoles. As pessoas que possuem mais do que 30 anos poderiam viver de 3,6 a 7,5 meses a mais se o grau de poluição de 10µg/m3, sugerido pela OMS, fosse respeitado. O dado resulta em 3 mil mortes ao ano.
A pesquisa também mostra que cerca de “360 hospitalizações por razões cardíacas e mais de 630 por doenças respiratórias por ano são conseqüência direta do ar poluído”, conforme Christophe Declercq, um dos autores do estudo, realizado entre 204 e 2006. O nível médio de partículas finas verificado foi de 14 a 20 µg/m3, conforme a cidade. Essas partículas penetram nos pulmões, com graus variados de gravidade. O tráfego de veículos é a principal causa da má qualidade do ar.
A Europa estuda a revisão dos parâmetros europeus de qualidade do ar, que deve acontecer em 2013.
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