União Europeia aprova novas sanções contra a Rússia
A União Europeia adotou nesta terça-feira (29) uma série de sanções econômicas contra a Rússia. O objetivo é forçar o presidente russo, Vladimir Putin, a parar de apoiar empresas que contribuam para a desestabilização da Ucrânia.
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“Um acordo político foi encontrado sobre o pacote de sanções econômicas”. A declaração foi feita pelo porta-voz do serviço diplomático da União Europeia após a reunião dos 28 países-membros que aconteceu hoje em Bruxelas.
Entre as medidas aprovadas, estão a possibilidade de limitar o acesso dos bancos russos aos mercados de capital europeus, o que poderia afetar os detentores europeus da dívida russa e as empresas de serviços financeiros que operam na Rússia. Os setores do petróleo e de tecnologias sensíveis também foram atingidos.
Uma lista de pessoas e entidades próximas de Moscou que receberão retaliações será divulgada no Diário Oficial da União Europeia.
Essa é a primeira vez que os europeus atingem setores realmente próximos do poder na Rússia, o que parece indicar uma vontade de mandar uma mensagem clara de descontentamento com a influência russa na Ucrânia. Além disso, a comunidade internacional também acusa Putin de não ter convencido os separatistas do leste ucraniano a pararem de usar a força. Recentemente, um projétil atingiu o voo MH 17 da Malaysia Airlines quando ele sobrevoava o território ucraniano. Todos os passageiros morreram.
Resposta de Putin
Em resposta às novas sanções, Putin pediu aos responsáveis militares russos para limitar as importações de material bélico. O líder russo quer que o país seja autossuficiente e interrompa sua grande dependência no setor de parceiros estrangeiros que, segundo ele, são pouco confiáveis.
Na lista de retaliações possíveis, a Rússia também ameaçou limitar as importações de frutas da União Europeia e de frangos dos Estados Unidos. Oficialmente, as importações seriam proibidas por problemas fitossanitários.
Novas sanções americanas
O secretário de Estado norte-americano John Kerry afirmou que os Estados Unidos preparam com a União Europeia uma nova rodada de sanções contra "setores fundamentais da economia" russa. Ele disse, no entanto, que resta ao "presidente Putin a escolha de usar sua influência sobre os separatistas" para evitar novas restrições econômicas.
Kerry ainda acusou "os russos e seus ditos voluntários de continuar a enviar armas, dinheiro e homens para o outro lado da fronteiras". Nesta terça-feira, ele voltou a conversar por telefone com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.
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