União europeia dividida sobre financiamento da crise sanitária
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Os dirigentes da União europeia reunidos ontem via videoconferência para analisar a situação de crise provocada pelo coronavírus não chegaram a acordo quanto a soluções a adoptar.
A Alemanha e a Holanda mostraram-se contra a abertura de uma linha de crédito especial junto do mecanismo europeu de estabilidade, fundo europeu de gestão de crises financeiras, como propuseram ontem Paris, Roma e Madrid durante uma videoconferência.
Assim, os 27 chefes de estado e de governo estipularam um prazo de 15 dias para os seus ministros das Finanças encontrarem uma solução.
A Holanda e a Alemanha, contra créditos especiais estariam no entanto abertas a outras soluções que o mecanismo europeu permite.
A Itália, país europeu mais afectado, pediu para a zona euro fazer tudo que seja possível para lutar contra a crise sanitária.
Países europeus estão divididos sobre solução à crise
O Primeiro ministro espanhol, Pedro Sanchez, apelou para não se repetir os erros da crise financeira de 2008.
Por seu lado, o Presidente francês, Emmanuel Macron, preveniu que os fundamentos da União europeia estão em perigo.
Enfim, o Primeiro ministro português, António Costa, criticou o "discurso repugnante e mesquinho" do ministro holandês das Finanças, Wopke Hoekstra.
Críticas feitas ao responder a jornalistas sobre a posição do ministro holandês que pediu um inquérito para saber porque é que certos países da União não têm margem de manobra orçamental para lutar contra a pandemia do coronavírus.
Crónica de João Matos
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