Economia e impacto da recessão que penaliza certas categorias em França
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Abrimos com LE MONDE, que titula, desemprego de nomeações interinas duramente atingido pela crise. O Instituto nacional de estatística divulgou hoje números nos deixam perplexos.
A taxa de desemprego que era de 7,8% no primeiro trimestre baixou 0,7%.
Mas tal não passa de um subterfúgio já que essa baixa é devida ao confinamento. Desde já o impacto da recessão em curso abrange a categoria de pessoas de ocupação interina, cuja taxa baixou 37% em relação a fins de 2019, num recuo sem precedentes.
Nestas útimas previsões o FMI considera que o desemprego será de 10% até o fim do ano em França. A mesma instituiuição financeira considera que os países da Europa do sul nomeadamnte a Grécia e Espanha vão ser duramente atingidos pela destruição de empregos, acrescenta, LE MONDE.
L'HUMANITÉ, titula, horário semanal de trabalho, e se chegou altura de passarmos às 32 horas? Trabalhar mais, exigido pelo patronato e implementado pelo executivo reaviva as reivindicações sindicais duma redução da duração de trabalho como instrumento contra o desemprego. É que com o regresso ao trabalho após dois meses de confinamento, os patrões estão a exigir horas suplementares o que deixa prever, segundo a confederação sindical comunista CGT, uma prioridade à competividade e o aumetno do tempo de trablaho, nota L'HUMANITÉ.
Por seu lado, LIBÉRATION, titula, seguir as pegadas do vírus. Conciliar imperativo sanitário e liberdades individuais, a implementação das bases de dados dos doentes e seus contactos está garantida e os médicos estão na primeira linha. Após dois meses de confinamento forçado todos puderam pesar a importância das liberdades fundamentais nomeadamente a liberdade de circulação.
Mas a questão que preocupa hoje os defensores das liberdades, é o respeito da vida privada. Garantido no artigo do Código civil está no coração das problemáticas levantadas pelas várias disposições implementadas durante o estado de emergência, sobre dados pessoais dos pacientes nomeadamente o rastreio de casos positivos. A Comissao da protecção de dados pessoais interveio também no debate para dizer que dá garantias de que a vida privada será escrupulosamente respeitada, nota LIBÉRATION.
LA CROIX, titula, a grande tristeza no seio do sector da restauração. A França abre-se ao trabalho com o descofinamento mas a verdade é que o sector da restauração vive na incerteza sobre a recuperação económica.
A nível interncional, LA CROIX, refere-se ao Brasil em perigo pois segundo analistas é o país mais contaminado pelo coronavírus do mundo com mais de 2 milhões de casos. Os dados oficiais estão longe da realidade atrasando a tomada de consciência do perigo.
Israel e anexação da Cisjordânia ou África e coronavírus
O Brasil é doravante um dos países onde o número de novos casos quotidianos é o mais elevado. Quando a 1 de abril tinha 1500 mortos e 25 mil contaminações confirmadas, o limiar das 10 mil mortes e 155 mil pessoas contaminadas foi ultrapassado e o número de 1000 mortos por dia poderá ser rapidamente atingido, escreve, LA CROIX.
Por seu lado, LE MONDE, refere-se à anexação da Cisjordânia que divide a União europeia. Um relatório sublinha as dificuldades de consenso se o governo israelita implementar o seu plano que designa a possível extensão da soberania israelita a uma parte qa Cisjordânia.
Uma tal medida israelita viola o direito internacional mas a União europeia não prevê sancionar Israel. Um precedente que faz lembrar a Crimeia anexada pela Rússia, nota LE MONDE.
Sobre o continente africano, LE FIGARO, titula, a surpreendente resistência da África à pandemia. Covid-19: porque é que a África resiste melhor que o previsto? Os peritos procuram compreender porque é que o continente africano parece poupado, mas continuam a recear que a situação se agrave.
É apenas uma preocupção ou a África será poupada pelo coronavírus? O continente cujo sistema de cuidaaos médicos parecia condenado a um desastre, até agora escapou à catástrofe. O Centro africano de prevenção e controlo das doenças, recenseou até ontem 2.400 mortos e 70.000 casos de Covid-19 em todo o continente, sublinha, LE FIGARO.
LIBÉRATION, dá relevo à Argélia, onde o projecto de Constituição de Tebboune chegou às sedes dos partidos, associações e sindicatos numa má altura de crise do coronavírus. A Argélia, é o segundo país africano mais atignido pela pandemia, com 6 000 casos e 515 mortos e as medidas de confinamento sanitário foram prolongadas até 29 de maio.
O Presidente Tebboune quer com a nova Constituição reforçar os seus poderes mas não escolheu o bom momento, porque segundo o juiz Benzenine o contexto não se adapta a um debate nacional sereno, nota LIBÉRATION..
Enfim, LA CROIX, destaca, o Níger, onde foi anunciada a morte de 75 terroristas do Boko Haram, numa operação levada a cabo em Niamey na segunda-feira, episódio mais recente de uma guerra desenfreada que penaliza sobretudo os civis.
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