Líbano: executivo de Hassan Diab demite-se em bloco
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O executivo de Hassan Diab demitiu-se em bloco, uma semana depois das violentas explosões que arrasaram a cidade de Beirute. O primeiro-ministro libanês garante que as explosões “são culpa da corrupção endémica no Estado e na Administração”. Nas ruas os protestos continuam.
A demissão do Governo de Hassan Diab prende-se com as explosões da semana passada no porto de Beirute, que provocaram pelo menos 160 mortos e cerca de 6.000 feridos.
Uma "verdadeira catástrofe", nas palavras do governante, que aconteceu numa altura em que o país já enfrentava uma grave crise económica e social, marcada por protestos em todo o país.
O anúncio da demissão foi feito esta tarde pelo ministro da Saúde Hamad Hassan. Já nos últimos dias o Governo tinha sofrido três baixas com as saídas dos titulares das pastas do Ambiente, Justiça e Informação.
Nas ruas os protestos continuam, com o registo de confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança libanesas no centro da capital, pelo terceiro dia consecutivo. Há centenas de feridos.
Aos poucos Beirute tenta levantar-se com ajuda das diferentes organizações humanitárias internacionais e respectivos donativos, o envio de assistência médica e de equipas de resgate. Desde as explosões que a população invadiu as ruas com pás, vassouras e baldes para limpar a cidade e ajudar habitantes e comerciantes locais.
Ontem, uma conferência de doadores para o Líbano organizada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, em que participaram vários líderes internacionais, angariou 300 milhões de dólares (254 milhões de euros) em assistência humanitária, “directamente entregues à população libanesa”.
Com a colaboração de João Sousa, correspondente em Beirute.
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