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100 mil milhões de euros para relançar a economia francesa pós pandemia

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Abrimos esta revista de imprensa com LE MONDE que titula 100 mil milhões de euros: as ambições do plano de relançamento. 30 mil milhões de euros vão para a transição ecológica, 34 mil milhões de euros para a competitividade de empresas e 36 mil milhões para a coesão social e territorial. 

100 mil milhões de euros para relançar a economia francesa
100 mil milhões de euros para relançar a economia francesa © Siegfried Forster / RFI
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O executivo apresentou hoje o seu plano de recuperação económica suposto relançar a economia francesa na via do crescimento após a pandemia do Covid-19. Dum montante global de 100 mil milhões de euros para dois anos e meio, é uma lista de 70 medidas misturando redução dos impostos e investimentos a longo prazo.

30 mil milhões de euros vão para a transição ecológica, 34 mil milhões de euros para a competitividade de empresas e 36 mil milhões para a coesão social e territorial. O governo espera a criação de 160 000 empregos suplementares em 2021, sabendo que este ano haverá 800 000 destruições de empregos. 

Para lá da urgência, o chefe de Estado entende projectar-se no futuro e definir a política económica do seu fim de mandato, nota, LE MONDE. 

Também, LE FIGARO, titula, sobre o assunto, Jean Castex, o nosso plano do futuro. Numa entrevista a este jornal, o primeiro ministro francês, apresenta o seu plano para relançar a economia e demonstra a sua vontade em em restaurar a autoridade face ao aumento da violência. Este plano de recuperação económica está à altura da situação excepcional, afirma, o primeiro ministro, Jean Castex, na entrevista ao jornal, de LE FIGARO.  

Por seu lado, LIBÉRATION, titula, confiança, tenho um plano, ilustrado por uma foto de Macron. Relançamento, descarbonizar a economia, encorajar a inovação, adaptar os empregos, são os três pilares do plano de 100 000 milhões de euros anunciado hoje pelo executivo para recuperar a economia após a pandemia, acrescenta, LIBÉRATION.

100 mil milhões de euros para apagar a crise, replica, em título, LA CROIX. No seu editorial, uma escolha clara, o jornal, explica que a política da oferta ganhou a batalha pondo KO aquela da demanda. Uma vitória que vai alimentar nas próximas horas muitas polémicas. O êxito ou não de um plano de recuperação depende menos da técnica ou da teoria que a capacidade em criar um clima de confiança, observa, o editorial do jornal LA CROIX.

Eleições americanas, Trump procura a vitória pelo caos

Mudando de assunto, no internacional, L'HUMANITÉ, titula, sobre as eleições americanas, Trump procura a vitória pelo caos. A 60 dias do escrutínio presidencial, Trump que está atrás de Joe Biden nas sondagens envena um clima já preocupante tentando tirar disso  proveito, convencido que a violência a fará ganhar.

Para ganhar de novo fazendo mentir as sondagens, nota, L'HUMANITÉ, no seu editorial, a Casa Branca pretende colocar no centro do debate a insegurança,  a imigração e o terrorismo interno.Trump, afirma que os motins são antimamericanos e a extrema tensão entre as comunidades é uma conspiração de Joe Biden, sublinha o editorial do jornal, L'HUMANITÉ.    

Sobre o continente africano, LE MONDE destaca, o dilema dos doadores estrangeiros no Mali, após o golpe militar, tirando a formação militar, os principais doadores mantiveram as suas ajudas, com medo de ver aquele país mergulhar ainda mais na crise. Por ocasião do precedente golpe de 2012, as principais representações estrangeiras, tendo à frente a França, em Bamaco, congelaram em 24 horas a sua cooperação ao desenvolvimento do Mali. 

Desta vez, apesar do Presidente Ibrahim Boubakar Keita, ter sido deposto no dia 18 de agosto, a estratégia é de prudência. Os Estados Unidos e a União europeia, os dois principais doadores do Mali, indicaram apenas que suspendiam as formações militares no quadro de programas de manutenção da paz e de luta contra o terrorismo. Para os outros sectores de assistência continuamos a analisar a situação e seus potenciais impactos em certas das nossas intervenções, comentou um representante do departamento de estado americano, nota, LE MONDE. 

Por sua vez, LIBÉRATION, dá relevo à Argélia , a guerra e a amnésia. Uma guerra durante muito tempo mantida no silêncio pelo Estado francês mas também pelos antigos combatentes pouco inclinados a um passado doloroso. Sai hoje nas livrarias o livro da historiadora, Raphaëlle Branche, Papá, o que fizeste na Argélia, analisando porque é que passou a haver uma libertação da palavra finalmente escutada.

Diz-se hoje que a memória da guerra de Argélia só pode ser plural. Há um passado traumático de memórias, de um lado e doutro do Mediterrâneo mas também no território francês. Passado que passa pelos recrutas franceses, pelos retornados franceses, pelos naturais argelinos incorporados no exército francês e pelos imigrantes argelinos em França. Um passado sem memórica pública e colectiva cheio de sinais fracos e um barulho surdo, acrescenta, LIBÉRATION.

 

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