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DSP respeita, mas não concorda com decisão do Supremo

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O líder do PAICG, Domingos Simões Pereira, garante respeitar a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, apesar de não concordar com ela. "É preciso aceitar instituições, mesmo quando não concordamos. Há mecanismos e caminhos a percorrer e senti essa obrigação enquanto líder político", afirmou.

Domingos Simões Pereira nos nossos estúdios neste dia 25 de Fevereiro de 2020.
Domingos Simões Pereira nos nossos estúdios neste dia 25 de Fevereiro de 2020. RFI/Liliana Henriques
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"A lei é para ser cumprida integralmente e, se o Supremo - que é a instância última para recursos - determina o levantamento de todas questões relacionadas com o processo eleitoral, todos os actos de reconhecimento do candidato vencedor das eleições, a tomada de posse ou ainda o início de funções... começa a contar a partir de agora", descreve.

O Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau considerou "improcedente" o recurso de contencioso eleitoral  apresentado pelo líder do PAICG à segunda volta das eleições presidenciais por alegadas irregularidades.

Em resposta, Domingos Simões Pereira, candidato derrotado na segunda volta deste escrutínio, defendeu que a decisão do Supremo em validar os resultados eleitorais implica anular todos os actos praticados pelo Presidente guineense, desde o passado 27 de Fevereiro, data da tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló.

"Não são os homólogos nem a Comunidade Internacional que validam as eleições. É o povo guineense que escolhe os seus legítimos representantes. Até ao pronunciamento do Supremo não compete a mais ninguém fazer essa arbitragem ou resolver o contencioso", explicou Domingos Simões Pereira.

O líder do PAIGC espera que todos os actores políticos compreendam a importância deste momento; "Saímos muito afectados deste contencioso e penso que deveríamos garantir a transparência deste processo", lembrou.

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