O líder do PAICG, Domingos Simões Pereira, garante respeitar a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, apesar de não concordar com ela. "É preciso aceitar instituições, mesmo quando não concordamos. Há mecanismos e caminhos a percorrer e senti essa obrigação enquanto líder político", afirmou.
"A lei é para ser cumprida integralmente e, se o Supremo - que é a instância última para recursos - determina o levantamento de todas questões relacionadas com o processo eleitoral, todos os actos de reconhecimento do candidato vencedor das eleições, a tomada de posse ou ainda o início de funções... começa a contar a partir de agora", descreve.
O Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau considerou "improcedente" o recurso de contencioso eleitoral apresentado pelo líder do PAICG à segunda volta das eleições presidenciais por alegadas irregularidades.
Em resposta, Domingos Simões Pereira, candidato derrotado na segunda volta deste escrutínio, defendeu que a decisão do Supremo em validar os resultados eleitorais implica anular todos os actos praticados pelo Presidente guineense, desde o passado 27 de Fevereiro, data da tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló.
"Não são os homólogos nem a Comunidade Internacional que validam as eleições. É o povo guineense que escolhe os seus legítimos representantes. Até ao pronunciamento do Supremo não compete a mais ninguém fazer essa arbitragem ou resolver o contencioso", explicou Domingos Simões Pereira.
O líder do PAIGC espera que todos os actores políticos compreendam a importância deste momento; "Saímos muito afectados deste contencioso e penso que deveríamos garantir a transparência deste processo", lembrou.
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