Presidente da Guiné Bissau Sissoco Embaló ataca jornalistas do país.
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Ao proceder ao balanço de um ano do seu mandato no passado dia 27 de fevereiro, o Presidente Embaló desferiu vários ataques aos jornalistas do país. Ameaçou mandar fechar rádios e ainda questionou a competência de dois jornalistas guineenses. Hoje, o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (Sinjotecs) saiu em defesa da classe.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas da Guiné-Bissau, Indira Correia Baldé, chamou os colegas para lhes transmitir a sua indignação pelas palavras do Presidente Sissoco Embaló.
Indira Correia Baldé disse que o Sindicato não pode aceitar que o Presidente tome os jornalistas como adversários políticos, que a Guiné-Bissau é um estado democrático e que a lei prevê a liberdade de expressão e de imprensa.
O Sindicato saiu em defesa dos jornalistas Fátima Tchuma Camara e João Umpa Mendes que fizeram a moderação do último debate eleitoral entre Umaro Sissoco Embaló e Domingos Simões Pereira nas presidenciais de 2019.
Sissoco Embaló questionou a competência daqueles dois profissionais pela forma como conduziram o debate em dezembro de 2019.
Para o Sindicato, os dois jornalistas merecem todo o respeito pela sua qualidade profissional.
O Presidente Embaló deu 30 dias às rádios que não tiverem a chamada licença definitiva de funcionamento, ameaçando encerrá-las. O Sindicato dos jornalistas lembrou ao Presidente que não é papel do chefe de Estado atuar nessa matéria.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau produziu uma nota de repúdio às declarações do Presidente da República, nota que vai agora fazer chegar às instâncias internacionais da classe.
De Bissau, o nosso correspondente, Mussá Baldé.
Correspondência de Bissau, 2/3/2021
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