CEDEAO efectua novos contactos em Bissau
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Chegou ontem à noite a Bissau uma missão da CEDEAO, chefiada pela ministra liberiana dos negócios estrangeiros, com vista a criar novos contactos para encontrar soluções para uma saída de crise no país.
A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), chefiada pela ministra dos negócios Estrangeiros da Libéria, Marjon Kamara, prossegue com consultas com diferentes forças vivas da Guiné-Bissau, para perceber como é que se pode terminar com o impasse político, que já dura há cerca de dois anos.
Dos contactos efectuados até aqui, as divergências persistem. O representante do poder tradicional diz que está tudo bem e que o problema reside no Parlamento e no partido PAIGC.
O porta-voz do governo, Malal Sané, afirma mais ou menos a mesma coisa : que está fora de questão a demissão do primeiro-ministro Umaro Sissoco Embaló, que aliás, estaria aberto para aceitar no governo
elementos do PAIGC.
O representante das organizações da sociedade civil afirma que a saída para crise é apenas uma : o cumprimento do Acordo de Conacri.
Por seu lado, Marcel de Souza, Presidente da comissão da CEDEAO que também integra a missão, diz que apesar dos salários estarem a ser pagos, a crise persiste na Guiné-Bissau porque os dois campos continuam de costas voltadas.
De um lado, está o campo do Presidente da Republica e o primeiro-ministro e do outro lado está o PAIGC e o presidente do Parlamento. A tarefa é levar os dois campos a dialogarem, defendeu Marcel de Souza.
A missão da CEDEAO deve avistar-se ainda esta segunda-feira com o Presidente José Mário Vaz e com o líder do Parlamento, Cipriano Cassamá como explica o nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
Correspondência de Bissau
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