Líderes sindicais detidos em Bissau
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A par da polémica com o recenseamento eleitoral que termina esta quarta-feira, a detenção de quatro líderes sindicais pela polícia judiciária, domina a actualidade na Guiné-Bissau.
Três dos detidos, são líderes dos dois sindicatos dos professores SINAPROF e SINDEPROF: Laureano Pereira da Costa, Malam Ly Baldé, Eusébio Có e o quarto, Domingos Samy é um responsável do Sindicato de Técnicos de Saúde, todos foram ouvidos pela polícia judiciaria na terça-feira (18/12) e detidos no final do dia.
São suspeitos de aliciamento, por terem recebido viaturas pessoais que alegadamente teriam sido pagas pelo Presidente da República, José Mário Vaz.
Nas redes sociais e nalguns órgãos de comunicação social em Bissau, circula nos últimos dias uma carta, contendo os nomes e os dados civis dos quatro sindicalistas, com os próprios a confirmarem a recepção de viaturas pagas pelo Chefe de Estado.
A polícia judiciária suspeita que as viaturas tenham sido oferecidas aos quatro sindicalistas, a troco do levantamento das ondas de greves nos setores de educação e da saúde em 2017.
Já esta quarta-feira, a polícia recuperou a posse de dois veículos que tinham sido entregues aos sindicalistas, detidos nas celas da PJ em Bissau, que esta quinta-feira (20/12) serão presentes ao Ministério Público.
O presidente José Mário Vaz promulgou esta terça-feira (18/12) o estatuto de carreira docente dos profesores que data de 2011.
De recordar que os sindicatos de professores SINDEPROF e SINAPROF estão em greve desde Outubro, o ano escolar ainda não começou e os seus líderes recusaram esta segunda-feira assinar um acordo para pôr termo à greve, exigindo a promulgação do diploma pelo Chefe de Estado.
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