Moçambique: discriminação dos albinos continua a ser o grande desafio
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Assinala-se, este sábado, o Dia Internacional para a Consciencialização do Albinismo. Em Moçambique a discriminação das pessoas com albinismo continua a ser o grande desafio. Este ano a já delicada situação dos albinos é agravada com o novo coronavírus.
Os crimes associados ao rapto de pessoas albinas para a extracção de órgãos humanos continuam a preocupar as autoridades governamentais moçambicanas. Albachir Macassar, representante do Ministério dos Assuntos Constitucionais e Religiosos alerta para o facto de hoje em dia ainda se registaram, em média por mês, quatro a cinco casos de ataques a pessoas albinas, essencialmente nas províncias de Nampula e Zambézia.
A Associação de Apoio a Albinos de Moçambique alerta para a falta de emprego que afecta os albinos no país, uma situação que foi agravada com a pandemia da covid-19.
A discriminação de pessoas com albinismo leva à elevada taxa de desemprego, número que foi amplificado com o novo coronavírus e as consequentes restrições impostas pelo estado de emergência em vigor desde 1 de Abril.
A Albimoz conta com mais de 2.000 membros. Em Moçambique estima-se que haja 20.000 a 30.000 pessoas com albinismo. O cancro da pele é uma das principais causas de morte entre pessoas com albinismo na África Subsaariana. Os albinos são igualmente vítimas de perseguições, violência e discriminação devido a mitos e superstições.
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