Realizador moçambicano integra Academia de Cinema de Hollywood
O realizador moçambicano, Inadelso Cossa, de 35 anos foi um dos 819 artistas e executivos convidados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para integrar a organização em 2020.
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"Fui convidado para fazer parte da Academia na categoria documentário. As actividades da Academia não são só os Óscares, mas as pessoas conhecem a Academia por isso. Vamos sentar-nos e discutir quem serão os nomeados, votamos de forma democrática para escolher o vencedor do Óscar, neste caso de documentário", descreve o realizador moçambicano, Inadelso Cossa.
"Há muito trabalho e não começa no dia da entrega dos prémios. O trabalho já começou e neste momento estamos a fazer shunting e depois teremos de votar e decidir quem vai levar o grande Óscar de melhor documentário e de melhor filme", acrescenta.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas continua a tentar diversificar a nacionalidade dos seus membros.
Caso os 819 convidados aceitem os convites, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que todos os anos entrega os prémios mais prestigiados do cinema, ficará composta por 9.412 membros, 45% dos novos membros serão mulheres e 36% dos convidados de comunidades étnicas / raciais sub-representadas.
“Fizemos sempre convites a talentos extraordinários que reflectem diversidade, e nunca o fizemos mais do que agora ”, afirmou o presidente da Academia, David Rubin, em comunicado.
Em 2016, como parte de sua iniciativa A2020, a Academia prometeu pelo menos duplicar o número de mulheres e aumentar a representação de mais comunidades étnicas / raciais, "a Academia superou estes dois objectivos", garante a organização.
A maioria dos convites a membros internacionais foram feitos a actores, realizadores, directores de fotografia, guionistas, realizadores de documentários, responsáveis de montagem, maquilhadores e cabeleireiros, música, produtores, curtas-metragens e animação, efeitos visuais e escritores.
O número de membros mulheres dobrou de 1.446 em 2015 para 3.179 em 2020. No mesmo período, o número de membros de comunidades étnicas / raciais sub-representadas triplicou de 554 para 1.787.
"Temos muito orgulho dos avanços que fizemos em superar as nossas metas iniciais de inclusão estabelecidas em 2016, mas reconhecemos que o caminho é longo", disse o CEO da Academia, Dawn Hudson, em comunicado.
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