Governo chinês aumenta repressão contra a imprensa
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Com medo de um contágio no país, o governo chinês aumenta a pressão sobre a imprensa, pedindo a cooperação dos jornalistas. Correspondentes estrangeiros têm sido vítimas de agressão.
Acusada de impedir à força a imprensa de cobrir as recentes tentativas de manifestação por parte de opositores do regime de Pequim, a China voltou a intimidar os jornalistas estrangeiros. Eles estão recebendo telefonemas da polícia, que pede o respeito das leis em vigor no país.
A China proíbe, por exemplo, fotografias e filmagens em determinadas áreas de Pequim e de outras grande cidades. "É importante manter a ordem pública, os jornalistas devem cooperar", afirmou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Jiang Yu.
Neste fim de semana, alguns correspondentes chegaram a ser detidos por algumas horas por estarem cobrindo, no centro de Pequim, uma primeira tentativa de manifestação convocada por anônimos pela internet. Um cinegrafista da Bloomberg News foi agredido a pontapés por forças de segurança e teve sua câmera de vídeo confiscada.
A reação foi imediata por parte de representantes diplomáticos da Europa e dos Estados Unidos, além de organizações como a Repórter Sem Fronteiras, que denunciam uma atitude inaceitável dos policiais com o uso da força e da violência contra os jornalistas. "A China deve respeitar o direito da imprensa estrangeira de informar sobre a situação no país", declarou o embaixador americano Jon Huntsman.
As tensões só devem aumentar. Apesar das censuras na internet, uma nova mensagem foi difundida na rede, nesta segunda-feira, convocando para manifestações em 35 cidades chinesas no próximo domingo.
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