Israel/Palestina

União Europeia condena expansão de colônias judaicas

Catherine Ashton, alta representante da União Europeia para a política externa e segurança se diz contrária a construção de colônias israelenses.
Catherine Ashton, alta representante da União Europeia para a política externa e segurança se diz contrária a construção de colônias israelenses. Reuters/Francois Lenoir

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, denunciou nesta quinta-feira uma "expansão sem precedentes" das colônias judaicas em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Ela sublinhou que a ocupação dos territórios palestinos compromete a perspectiva de um acordo entre a Autoridade Palestina e Israel.

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O projeto de construção de 2.610 novas casas em Givat Hamatos, ao sul de Jerusalém, que vem se somar ao anúncio feito essa semana da construção de 1.500 outras casas em um bairro de Jerusalém Oriental, foi considerado por ela como problemático. Ashton reafirmou sua oposição diante do projeto do governo israelense.

Nesta quinta-feira, Israel deu sinal verde para a fase inicial de um novo projeto que prevê a criação de uma colônia de 6 mil casas na Cisjordânia, criando uma cidade no assentamento de Goush Etzion. A informação foi dada por David Perel, chefe do conselho regional desse bloco de colônias situado à oeste da cidade palestina de Belém. A ONG israelense Paz Agora confirmou a decisão das autoridades de Israel, que com esse anúncio parecem ignorar as reações negativas e advertências feitas pela comunidade internacional.

Outra crítica veio do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que disse na quarta-feira estar “muito preocupado com a intensificação” da colonização israelense na Cisjordânia, “em especial em torno de Jerusalém”. Ele pediu para que o Estado hebreu “não continue nesta via perigosa que afeta as perspectivas de retomada do diálogo” entre palestinos e israelenses. As Nações Unidas também denunciaram a ilegalidade do projeto do governo judaico.

As ampliações de colônias judaicas em território palestino se inserem no pacote de represálias anunciadas pelo governo de Israel, após a elevação do status da Palestina a “Estado não membro” nas Nações Unidas, por esmagadora maioria. A Autoridade Palestina anunciou na segunda-feira que pretende recorrer ao Conselho de Segurança da ONU para paralisar a expansão de Israel.
 

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