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Israel promete punir Hamas por morte de três adolescentes

Os três jovens israelenses sequestrados no dia 12 de junho foram encontrados mortos em Halhoul, no sul da Cisjordânia ocupada. O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, reforçou nesta terça-feira (1°), as ameaças de retaliação feitas na véspera pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Protesto em Nova York, diante da sede da ONU, pela morte dos três jovens israelenses.
Protesto em Nova York, diante da sede da ONU, pela morte dos três jovens israelenses. REUTERS/Lucas Jackson
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"Vamos continuar a caçar os assassinos, não vamos descansar ou nos silenciar até colocarmos as mãos nos responsáveis", disse Yaalon. "O Hamas é responsável e o Hamas irá pagar”, declarou Netanyahu . Ele convocou uma sessão do seu gabinete de segurança para decidir manobras militares contra o grupo islâmico, que nem confirmou nem negou as alegações de Israel.

Os corpos de Gil-Ad Shaer, Naftali Fraenkel, ambos de 16 anos, e Eyal Yifrah, de 19 anos, foram encontrados em um campo próximo de Hebron, um reduto de militantes e cidade-natal de dois membros do Hamas identificados por Israel como os sequestradores. Os suspeitos ainda estão foragidos, informaram fontes de segurança.

Aparentemente, os adolescentes foram mortos a tiros pouco depois de serem raptados enquanto pediam carona, disseram as autoridades. “Estavam sob uma pilha de rochas, em um campo aberto”, declarou o tenente-coronel Peter Lerner, um porta-voz dos militares.

Na noite de ontem, milhares de militares israelenses cercaram Halhoul e a cidade de Hebron. O exército destruiu as casas dos dois principais suspeitos em Hebron.

Repúdio

Netanyahu aproveitou para exigir que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, revogue o acordo de reconciliação firmado em abril com o Hamas, adversário de longa data, e que levou à formação de um governo de unidade em 2 de junho.

Abbas repudiou o sequestro e pediu a cooperação de suas forças de segurança, atraindo críticas do Hamas. O presidente americano, Barack Obama, condenou o que chamou de “ato de terrorismo absurdo contra jovens inocentes”.
 

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