Presidente palestino ameaça romper parceria com o Hamas
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, ameaçou neste domingo (7) romper o acordo de união nacional com o Hamas, caso o movimento radical islâmico continue impedindo o governo palestino de exercer sua autoridade na Faixa de Gaza. Abbas denunciou o governo paralelo do Hamas em Gaza, onde 27 vice-ministros governam o território à revelia da Autoridade Palestina.
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Neste domingo, o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, revelou a difícil situação de sua gestão. À frente de um governo de personalidades independentes, desde a reconciliação do Fatah e do Hamas, em abril passado, Hamdallah afirmou que tem recebido ameaças da comunidade internacional para não pagar os salários dos funcionários do Hamas.
Desde que o movimento radical islâmico tomou o controle de Gaza, em 2007, 45 mil funcionários foram contratados. O pagamento desses servidores fez parte do acordo com a Autoridade Palestina. O Hamas, por sua vez, condiciona o acesso de funcionários do governo a Gaza ao pagamento dos salários.
O acordo de reconcliliação entre o Hamas e o Fatah, corrente moderada dominante na Autoridade Palestina, pôs fim a sete anos de rivalidades entre as administrações da Cisjordânia e de Gaza. Porém, o acordo foi suspenso com a recente ofensiva israelense. Especialistas estimam que são necessários US$ 7,5 bilhões para reconstruir a Faixa de Gaza.
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