Grécia:novo empréstimo fragiliza governo do Syriza
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O Eurogrupo deu a luz verde para um terceiro empréstimo de cerca de 86 mil milhões de euros, em troca da implementação pelo governo de Atenas de um pacote de reformas que abrangem nomeadamente a fiscalidade e a protecção social.
A terceira fase do empréstimo internacional à Grécia é de um montante de 86 mil milhões de euros e terá como contrapartida a aplicação de um pacote de reformas.
A aceitação pelo governo de Atenas das medidas impostas pela troïka( União Europeia, Banco Central Europeu e o Fundo Monetário), deveria não obstante ter consequências para o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras. O chefe do governo grego, que inicialmente afirmou não acreditar no acordo firmado com a troïka como solução para os problemas económicos da Grécia, terá igualmente de superar as divisões no seio do Syriza, seu partido, do qual um sector votou contra o novo pacto financeiro.
Segundo os analistas, perante os cofres vazios do Estado grego, Tsipras e os seus colaboradores não tinham outra alternativa senão aceitar as condições drásticas impulsionadas essencialmmente pela Alemanha, Finlândia e Holanda.
Na construção da dívida grega também assume uma grande responsbilidade o sistema bancário europeu , no qual se destaca o papel dos bancos alemães e franceses. O economista angolano residente na Alemanha, Domingos Luvumbo, explicou a RFI as razões da forte implicação dos bancos europeus no fardo da dívida grega e a sua difícil resolução.
Entrevista Domingos Luvumbo
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