"Panama Papers" : A Islândia em estado de choque
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Depois de ter sido revelado o escândalo financeiro conhecido com o nome de "Panama Papers", a Islândia ficou chocada quando soube que o Primeiro - ministro, David Sigmundur Gunnlaugsson, tinha uma sociedade nas Ilhas Virgens britânicas. O chefe do executivo islandês apresentou a sua demissão ontem, mas emitiu depois um comunicado explicando que apenas se "retirava das suas funções".
Nesta quarta-feira, os Islandeses acordaram sem perceber bem o que se está a passar no País. Mas uma coisa é certa: David Sigmundur Gunnlaugsson foi o primeiro dirigente de um País a sofrer as consequências da onda de choque provocada pelo escândalo "Panama Papers".
O inquérito do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação revelou no Domingo passado que Sociedades, Bancos, Presidentes, políticos, estrelas de Cinema, ou futebolistas famosos têm contas bancárias em "paraísos fiscais", ajudados por uma sociedade de advogados do Panamá, a Mossak - Fonbseca.
O nome do Primeiro - ministro islandês é citado, por ter comprado uma sociedade à sua futura esposa, uma rica herdeira, em 2007, nas Ilhas Virgens britânicas.
Depois do escândalo, os partidos islandeses actualmente no poder iniciaram hoje consultas para tentar resolver o problema criado pela "retirada" do Primeiro -ministro.
Marina de Quintanilha Mendonça, professora e tradutora residente na Islândia, explicou à RFI que o País - citado muitas vezes como um exemplo - ficou estado de choque ao saber que havia, pelo menos, um politico do islandês citado no "Panama Papers".
Entrevista de Marina de Quintanilha Mendonça
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