Turquia: Erdogan desafia a Europa
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Depois do referendo de Domingo, na Turquia, o Presidente Erdogan anuncia possíveis referendos sobre o restabelecimento da pena de morte, e sobre a entrada do seu País na União Europeia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, celebrou nesta segunda-feira a vitória no referendo sobre a revisão constitucional, que aumentou consideravelmente o seu poder, e lhe permite, teoricamente, ficar no poder até 2029.
A oposição denunciou – desde logo - "manipulações" durante o escrutínio, e uma missão conjunta de observadores da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) e do Conselho da Europa…considerou que a campanha foi realizada em condições não equitativas, e pediu a Ancara uma investigação transparente sobre as supostas irregularidades constatadas pelos observadores" internacionais.
Erdogan respondeu imediatamente, pedindo aos observadores europeus que "fiquem nos seus países respectivos”, e evocou mesmo a possibilidade de organizar um novo referendo, desta feita sobre o restabelecimento da pena de morte.
Por outro lado, sugeriu que poderá organizar outro referendo, este para decidir se continua ou não com as negociações de adesão à União Europeia.
Uma vez mais, o Presidente turco aumenta a tensão com a comunidade internacional e com a União Europeia, e tudo indica que Erdogan deseja entrar numa lógica de confrontação.
Para ele, a margem da sua vitoria, ou as críticas têm pouca importância, pois – na realidade - ele considera que sua vitória de domingo é apenas uma porta aberta de que ele precisava para continuar o seu projecto político, a todos os níveis: política interna e externa, economia, justiça, e União Europeia.
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