Hollande apela a votar Macron
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Sem surpresas o Presidente francês François Hollande tomou abertamente posição a favor do seu antigo ministro da Economia Emmanuel Macron que se qualificou ontem para a segunda volta das presidenciais com 23,75% dos votos face à candidata da extrema-direita Marine le Pen com 21,53% dos votos.
Numa comunicação pública esta tarde, o presidente francês considerou que "a extrema-direita faz pesar um risco sobre o futuro do país" e que "perante um risco dessa importância, não é possível ficar calado, nem refugiar-se na indiferença". No mesmo sentido, a nível internacional, o candidato do movimento "En Marche" tem recebido alguns apoios. Para além do Presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, que foi dos primeiros a saudar Macron pelo seu resultado, o governo alemão também expressou o seu alívio por "Macron ter sido bem-sucedido com a sua posição a favor de uma União Europeia forte". O Kremlin, por sua vez mostrou-se mais reservado e disse "respeitar" os resultados da primeira volta das presidenciais, referindo desejar relações "mutuamente benéficas" entre Paris e Moscovo.
Menos reservada foi a reacção da rua aqui em França. Centenas de militantes antifascistas concentraram-se ontem no bairro da Bastilha aqui em Paris para protestar contra a presença de le Pen e também de Macron na segunda volta. A manifestação degenerou em confrontos cujo balanço foram 6 polícias e 3 civis feridos, 29 detenções provisórias e danos materiais. Cerca de 40 outras acções do mesmo género ocorreram noutras cidades do país nomeadamente em Nantes, no oeste, e Toulouse, no sudoeste, tendo havido igualmente algumas interpelações.
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