António Guterres propõe mediação entre a Coreia e os Estados Unidos
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António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas afirmou ontem à imprensa estar pronto a assumir um papel de mediador na crise diplomática entre os Estados Unidos e Coreia do Norte. Numa fase de acalmia nas tensões entre os dois países, esta tomada de posição de Guterres seria o primeiro engajamento concreto da ONU para resolver este conflito.
O secretário-geral das Nações Unidas António Guterres deu ontem, dia 16 de Agosto, uma conferência de imprensa em Nova Iorque com uma mensagem determinada sobre o seu papel de mediador na crise entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.
Numa altura em que as tensões entre os dois países parecem conhecer uma acalmia, Guterres afirmou estar pronto a assumir responsabilidade para resolver este conflito bilateral. As afirmações do secretário-geral das Nações Unidas são uma novidade na história da ONU já que o seu predecessor, o sul-coreano Ban Ki-moon nunca conseguiu cumprir tal promessa.
António Guterres, que tinha acabado de regressar de férias na Croácia, falou aos jornalistas na sede das Nações Unidas, explicando que o organismo está disposto a ajudar os quatro países envolvidos, directa ou indirectamente, ou seja a China, a Rússia, o Japão e a Coreia do Norte.
Desde que tomou posso esta é a segunda vez que o secretário-geral da ONU toma uma posição pública e convoca uma conferência de imprensa. A sua decisão é uma consequência directa de uma resolução votada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho de Segurança que há duas semanas atrás resolveram sancionar a Coreia do Norte e relançar o processo de paz.
“Os meus préstimos estão sempre à disposição e enviei uma mensagem aos representantes das seis partes envolvidas. A solução para esta crise tem de ser política. As consequências potenciais de uma acção militar são horrorosas só de pensar nelas", afirmou Guterres, que defendeu ser altura de reduzir a retórica e reforçar a diplomacia.
No entanto, António Guterres não comunicou nenhuma informação sobre as reacções das autoridades norte-coreanas ou americanas sobre sua proposta. Se der certo, esta mediação representaria o primeiro passo concreto do novo secretário-geral nesta crise diplomática.
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