França : Marcha Branca contra o anti-semitismo
A França foi palco, nesta Quarta-feira, da "Marcha Branca contra o anti-semitismo. Uma manifestação que ocorreu no seguimento do assassinato, na passada Sexta- feira, em Paris, duma senhora idosa, Mireille Knoll, de confissão judaica. O seu filho, Daniel Knoll, pediu união e amor, num momento tão doloroso.
Publicado a: Modificado a:
Depois do assassinato de Mireille Knoll, o Primeiro - ministro francês, Edouard Philippe, apelou a uma marcha de protesto contra o anti-semitismo, afirmando que "Aquilo que nos une, engrandece-nos".
Mas logo Francis Kalifat, o Presidente do C.R.I.F. ( Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França ) recusou que participassem nesta manifestação reprentantes do partido França Insubmissa, de esquerda, ou da Frente Nacional, da extrema direita.
Daniel Knoll, filho de Mireille Knoll, reagiu exprimindo o seu desejo de apaziguamento num momento tão doloroso :
"O CRIF faz política, mas eu abro o meu coração a toda a gente ! A todos os que têm uma mãe. Ou seja: toda a gente. Isto diz respeito a todos: É insuportável saber que hoje, em França, alguém pode morrer, assim...duma maneira horrível ! Portanto, isto diz respeito a toda a gente. Não há limites !"
Daniel Knoll afirmou ainda que se fazem muitas críticas injustificadas à comunidade judaica, acusando-a de ser abastada, e sublinhou que que nem a sua mãe, nem Ilan Halimi (outra vítima de um crime anti-semita, em 2006) tinham dinheiro. E acrescentou : "Uma mãe judia, negra, protestante ou muçulmana, são todas nossas mães. E elas têm o direito de viver normalmente, com amor".
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro