A sentida homenagem da França a Charles Aznavour
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"Eles vieram, e estão todos ali". Este título duma das canções de Charles Aznavour ilustra perfeitamente a homenagem nacional prestada esta manhã, em Paris : Personalidades políticas, autoridades arménias, admiradores e familiares estiveram presentes, no pátio do Museu Militar dos Inválidos, para assistir à vibrante homenagem da Nação a este artista francês, de origem arménia, mas de craveira mundial.
No pátio do Museu Militar dos Inválidos, estavam presentes mais de 2.000 pessoas : Admiradores anónimos, amigos e familiares, mas também políticos e personalidades do mundo artístico.
Entre os artistas, podiam ver-se Jean-Paul Belmondo, Mireille Mathieu, Eddy Mitchell, Enrico Macias, Dany Boon, Grand Corps Malade, e o jornalista e produtor Michel Drucker.
Entre as numerosas personalidades políticas, encontravam-se os antigos Presidentes franceses Nicolas Sarkozy e François Hollande, ou antigos ministros, tais como Jack Lang ou Bernard Kouchner.
O Presidente Emmanuel Macron tinha convidado igualmente o Primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, e o Presidente Armen Sarkissian Ali, para assistir a esta homenagem da França ao artista francês mais conhecido mundialmente.
A cerimónia começou com a homenagem à dupla cultura de Charles Aznavour, e ouviram-se os hinos arménio e francês.
"Charles Aznavour tornou-se, unânimemente, um dos rostos da França", declarou o Presidente Emmanuel Macron, tomando a palavra para homenagear o artista desaparecido na passada Segunda-feira, com 94 anos de idade. "Ao longo dos anos, esta presença, esta voz, esta intoação reconhecível entre mil, instalou-se nas nossas vidas, fosse qual fosse a condição, fosse qual fosse a idade", sublinhou o Presidente francês, saudando a memória deste artista, que levou a língua francesa aos quatro cantos do Mundo.
Shahnourh Varinag Aznavourian nasceu em Paris, em 1924, e tornou-se um dos representantes mais simbólicos da diáspora arménia em França. Mas, como artista, foi na língua de Molière que Charles Aznavour mais se exprimiu, contribuindo para o esplendor da língua e cultura francesas a nível mundial.
A sua morte foi sentida com tristeza e emoção no Mundo inteiro, de Hollywood Boulevard até Erevan, passando por Beirute, Lisboa ou Buenos Aires.
Foi ao som de "Emmenez-moi", um dos seus inúmeros êxitos, que o caixão com os seus restos mortais saiu daquele local altamente simbólico, marcando o fim desta merecida e vibrante homenagem nacional.
Peça sobre homenagem nacional a Charles Aznavour
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