Julgamento começou na Holanda pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines

As famílias das vítimas do MH17 exigem que justiça seja feita.
As famílias das vítimas do MH17 exigem que justiça seja feita. © Reuters

O julgamento de quatro pessoas acusadas de provocar a explosão em 2014 do voo MH17, enquanto sobrevoava a Ucrânia, matando as 298 pessoas a bordo, começou nesta segunda-feira na Holanda, na ausência dos acusados.

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Os quatro suspeitos, três russos e um ucraniano, não compareceram à audiência, no entanto o julgamento continuará apesar dessas ausências.

As famílias das vítimas, muitas das quais viajaram para assistir à audiência, exigem que "justiça seja feita", mais de cinco anos após o desastre.

Na abertura do julgamento, que pode durar cinco anos, a acusação enumerou um a um todos os nomes das vítimas, homens, mulheres e crianças.

O julgamento ocorre no tribunal de Schiphol, subúrbio de Amsterdão, não muito longe do aeroporto de onde o Boeing 777 da Malaysia Airlines descolou com destino a Kuala Lumpur, na Malásia, antes de ser atingido a meio do voo por um míssil.

Os quatro suspeitos: os russos Igor Girkin, Sergey Dubinskiy e Oleg Pulatov e o ucraniano Leonid Kharchenko, quatro separatistas pró-russos, são acusados de assassínio e de terem causado a queda do avião.

Uma equipa internacional de investigadores e procuradores indicou que o avião foi abatido por um míssil proveniente da 53ª brigada antiaérea russa baseada em Kursk, no sudoeste do país. Moscovo sempre negou qualquer envolvimento no acidente e atribuiu a culpa a Kiev.

De referir que das 298 pessoas a bordo, 196 eram holandesas. Os quatro acusados arriscam-se a ser condenados a prisão perpétua.

Ouça a Crónica de Marco Martins.

Crónica de Marco Martins

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