Coreia do Sul: partido presidencial ultra favorito nas legislativas
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Na Coreia do Sul esta quarta-feira é dia de eleições legislativas sem suspense, pois é certa a vitória do Partido Democrata no poder, liderado pelo Presidente Moon Jae-in.
Segundo sondagens à boca das urnas o Partido Democrata de centro-esquerda no poder e o seu partido satélite associado, deveriam obter esta quarta-feira (15/04) a maioria absoluta no parlamento sul-coreano.
Este escrutínio ficou marcado por uma participação recorde, apesar de organizado com medidas de precaução máximas, devido à pandemia de COVID-19, que afectou gravemente o país no final de fevereiro.
11.000 pessoas foram contaminadas na Coreia do Sul desde dezembro 2019, entre as quais se registaram 225 óbitos.
Sinal de resiliência dos eleitores sul-coreanos e de plebiscito à gestão da pandemia pelo Presidente Moon Jae-in, num país que a seguir à China foi o segundo mais atingido pelo COVID-19, mas que graças a um rastreio massivo, hoje apenas declara oficialmente cerca de 30 casos por dia, 40 esta quarta-feira (15/04).
Grande vitória para o partido do Presidente de centro-direita Moon Jae-in, dado que apesar da pandemia, cerca de 66% dos eleitores foram votar, com máscaras e luvas, depois de lavarem as mãos com gel hidro-alcoólico, submetidos a distanciamento social de um metro e auscultação de temperatura, no que foi a participação mais elevada em eleições desde 1992 e a mais forte em legislativas desde 2000.
Com maioria absoluta no parlamento - devendo obter entre 155 e 178 dos 300 deputados - o Presidente Moon Jae-in poderá terminar confortavelmente os dois anos do seu mandato único, com o grande desafio de restabelecer a economia do país, extremamente afectada pela pandemia.
O resultado deste escrutínio representa simultaneamente um grande revés para os conservadores do Partido do Futuro Unificado, na oposição, que se limitou a criticar o governo, sem propostas de qualquer alternativa viável.
De ressalvar no entanto, a vitória do candidato conservador Thae Young-ho, antigo diplomata norte-coreano - o primeiro trânsfuga da Coreia do Norte - que venceu no distrito de Gangnam, o principal centro financeiro do país, situado no sudeste da capital Seul, conhecido como a "Manhattan coreana" e objecto em 2012 da famosa sátira musical "Gangnam Style" da autoria de Psy, que obteve cerca de três biliões de visualizações no mundo inteiro.
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