Rússia assinala 9 de Maio sem público, devido a Covid-19
O presidente Vladimir Putin celebrou este sábado uma Rússia "invencível" por ocasião do aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, uma celebração modesta, sem a presença de público, devido à pandemia do novo coronavírus.
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O dia 9 de Maio é celebrado na Rússia com um habitual e grandioso desfile militar, simboliza tradicionalmente a ofensiva do Presidente russo para restaurar a imagem internacional do país.
Este ano, depois de depositar rosas diante do túmulo do soldado desconhecido, Vladimir Putin elogiou o dia "sagrado" e a memória dos veteranos.
"Sabemos e acreditamos firmemente que somos invencíveis quando estamos unidos", afirmou o Presidente no discurso exibido pela televisão, no 75º aniversário da derrota da Alemanha nazista, um dia muito celebrado pelos russo, como descreve Paulo Fanha, jogador de xadrez a residir em Moscovo.
"É um dia muito triste na Rússia porque é um feriado muito aguardado durante o ano inteiro. Eu próprio como cidadão em Moscovo é um dia que gosto bastante porque além da parada militar, que é o que geralmente tem mais eco na comunicação social, costuma ter um momento no qual as pessoas carregam as fotos dos seus antes falecidos durante a Segunda Guerra Mundial. É um momento de grande emoção, é um momento de comunhão entre os russos ", descreve Paulo Fanha.
Paulo Fanha, jogador de xadrez a residir em Moscovo
A epidemia obrigou a Rússia a abrir mão do grande desfile militar previsto para este sábado diante de vários líderes estrangeiros.
O desfile aéreo foi mantido, com dezenas de aviões a sobrevoar a capital. Vladimir Putin prometeu que o país celebrará no futuro "de maneira apropriada" a vitória sobre o nazismo. O Presidente russo prestou homenagem aos quase 27 milhões de soviéticos que morreram na Segunda Guerra Mundial e aos veteranos de guerra.
A Rússia registou este sábado, 9 de Maio, mais de 10.000 novos casos de COVID-19, o que eleva o total a quase 200.000, anunciaram as autoridades. A Rússia é o quinto país mais afectado em termos de contágio, depois dos Estados Unidos, Espanha, Itália e Reino Unido.
A pandemia obrigou o Presidente a adiar por tempo indeterminado o referendo constitucional que pode vir a abrir portas para uma possível permanência no poder até 2036.
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