Bielorrússia/ Política

Milhares de bielorrusssos voltam manifestar contra presidente Loukachenko

Um manifestante gesticula diante das barreiras das forças da ordem em Minsk, durante os protestos de  domingo 6 de Setembro de 2020, na Bielorrússia.
Um manifestante gesticula diante das barreiras das forças da ordem em Minsk, durante os protestos de domingo 6 de Setembro de 2020, na Bielorrússia. via REUTERS - TUT.BY

Na Bielorrússia, vários dezenas de milhares de pessoas voltaram a manifestar hoje contra o presidente Alexander Loukachenko, que  rejeita as acusações de fraude eleitoral. Segundo a  organização  de direitos  humanos  local, Viasna, pelo menos 70 pessoas foram detidas pelas forças da ordem em Minsk, a capital.

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Segundo as agências noticiosas, militares, canhões de água,  veículos blindados de transporte de tropas,  assim  como veículos blindaddos de reconhecimento, posicionaram-se no centro  de Minsk antes do início da manifestação  e  várias  estações de metropolitano foram encerradas.

De acordo com a Viasna, uma  organização de direitos  humanos bielorrussa,  pelo  menos 70  pessoas foram detidas durante a manifestação, que mais uma  vez  visava contestar a recente reeleição do Presidente  Alexandre Loukachenko.  

O  correspondente da  AFP em Minsk afirma que bielorrussos de vários  estrata sociais, pais , crianças, estudantes, padres católicos, bem como reputados atletas locais, participaram na nova marcha contra Loukachenko.

Muitos manifestantes acenavam bandeirolas com as  cores vermelha e branca da oposição e uma banda de tambores e demais instrumentes tocou durante a manifestação de  domingo em Minsk.      

Loukachenko continua a refutar as alegações de fraude eleitoral e acusa os manifestantes de serem  manipulados por interesses estrangeiros.

A vaga de protestos contra o chefe de Estado bielorrusso, no poder desde 1994, teve início no dia 9 de Agosto,  quando a oposição, representada pela ex-candidata Svetlana Tikhanovsaïa, acusou Alexandre Loukachenko de fraude eleitoral para manter-se  na governação da Bielorrússia.

Tikhanovskaïa  está refugiada na vizinha Lituânia, que apoia a oposição bielorrussa e decretou sanções contra as autoridades de Minsk.

Há um mês que os bielorrussos, opostos à continuidade de Alexandre Loukachenko na chefia da ex-república soviética, protestam para reclamar o abandono do poder pelo actual presidente, mas não possuem uma verdadeiro líder.

Alguns activistas bielorrussos ligados à oposição foram  presos  e outros obrigados a abandonar  o país.

No decurso da manifestação de domingo, os contestários marcharam na direcção da residência presidencial, no Palácio da independência, diante da qual entoaram  um canto ,no qual reclamavam o julgamento de Loukachenko e perguntavam quanto é que este estava a ser pago.

A oposição bielorrussa é favorável à organização de uma nova eleição presidencial.

Milhares voltam a protestar contra presidente da Bielorrússia 06 09 2020

                                                                            

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