EUA: Sem provas Procurador autoriza investigações de fraude eleitoral
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O Procurador-Geral dos Estados Unidos, William Barr, autorizou as investigações por "alegações substanciais" de irregularidades na contagem dos boletins de voto, antes da certificação das presidenciais de 3 de Novembro, apesar da falta de provas de fraude.
Dois dias após o candidato democrata, Joe Biden, ter derrotado o Presidente cessante, Donald Trump, na corrida à Casa Branca, o Procurador-Geral dos Estados Unidos autorizou as investigações por "alegações substanciais" de irregularidades na contagem dos boletins de voto, apesar da falta de provas de fraude.
A decisão vai permitir investigações à contagem dos votos, algo que deveria acontecer apenas depois de Joe Biden ser reconhecido formalmente como 46º Presidente dos Estados Unidos.
Donald Trump não reconhece a derrota nas eleições presidenciais e insiste nas alegações de fraude eleitoral, apesar de não haver, até agora, qualquer tipo de provas.
O memorando enviado por Wiilliam Barr aos procuradores refere que investigações "poderão ser conduzidas se houver alegações claras e aparentemente credíveis de irregularidades que, a serem verdade, poderão impactar o resultado da eleição" ao nível federal num determinado Estado.
As alegações de fraude já foram desmentidas por todos os responsáveis dos Estados em questão, incluindo republicanos.
O candidato democrata está à frente de Trump em vários estados cruciais, entre os quais a Pensilvânia e o Arizona.
Joe Biden ataca Covid-19
Joe Biden não quer perder tempo e já começou a trabalhar na transição. O Presidente eleito anunciou a criação de um grupo de trabalho de 13 pessoas para lutar contra a pandemia de Covid-19 e reiterou que é essa a prioridade e não as lutas políticas: "As eleições acabaram. É altura de colocarmos de lado o partidarismo e a retórica que serve para nos demonizarmos uns aos outros. Temos de acabar com a politização de medidas básicas de saúde pública, como o uso da máscara e o distanciamento social", disse Biden.
Esta terça-feira, Joe Biden deve falar sobre protecção à saúde, Obamacare, no mesmo dia em que decorre uma audiência do Supremo Tribunal, solicitada pelos Estados republicanos, que pretendem abolir o Obamacare.
Os Estados têm até 8 de Dezembro para resolver as disputas eleitorais, incluindo as recontagens e contestações judiciais. Os membros do colégio eleitoral encontram-se em 14 de Dezembro para finalizar o processo e a tomada de posse de Joe Biden está prevista para 20 de Janeiro.
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