Arménia perde mais de dois mil militares no conflito de Nagorno Karabakh
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A Arménia reconheceu, neste sábado, ter perdido mais de dois mil militares, no decurso do conflito do Nagorno-Karabakh, em confronto com as forças do Azerbaijão. A guerra durou seis semanas e resultou na reconquista de territórios por parte do Azerbaijão, graças à um acordo de paz que foi criticado.
Segundo as autoridades de Erevan, o conflito de seis semanas entre as forças do Azerbaijão e as suas homólogas da Arménia e separatistas do Nagorno-Karabakh provocou a perda de mais de dois mil e trezentos militares arménios.
O balanço, anunciado pelo governo da Arménia, representa cerca do dobro das perdas inicialmente divulgadas. Cinquenta civis arménios morreram também durante as hostilidades com o Azerbaijão, pelo controlo do Nagorno-Karabakh, enclave azeri montanhoso do Cáucaso, habitado maioritarimente por arménios.
Segundo Alina Nikoghosian, porta-voz do Ministério da Saúde da Arménia, os corpos de 2.317 militares mortos, entre os quais os não identificados, foram submetidos ao serviço de exame médico-legal.
Nikoghosian acrescentou, que o processo da troca de corpos com o Azerbaijão está apenas a começar e que as partes beligerantes não dispunham de números definitivos.
O Azerbaijão não comunicou o seu número de militares mortos militares, limitando-se a anunciar a morte de 93 civis que pereceram sob os bombardeamentos arménios.
O Presidente russo, Vladimir Putin, cujo país não interferiu no conflito entre dois parceiros de Moscovo, afirmou na sexta-feira que o novo conflito no Nagorno-Karabakh tinha provocado mais de 4000 vítimas e 8000 feridos, assim como dezenas de milhares de refugiados.
A Arménia e o Azerbaijão assinaram no início da semana, sob o patrocínio da Rússia , um acordo de cessar-fogo que pôs fim ao conflito.
O documento consagra as vitórias territoriais importantes obtidas pelo Azerbaijão, bem como prevê a retrocessão de territórios suplementares às autoridades de Baku.
No final da guerra de seis semanas, arménios do Nagorno-Karabakh preferiram queimar as suas casas, de forma que as mesmas não fossem ocupadas pelas forças azeris enviadas para os novos territórios atribuídos ao Azerbaijão no âmbito do acordo assinado entre os beligerantes.
Arménia perde mais de dois mil militares em conflito de Nagorno Karabakh 14 11 2020
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