FBI publica nota sobre suspeitas de envolvimento saudita no 11 de Setembro
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O governo norte-americano divulgou uma nota do FBI que reforça a suspeita do envolvimento da Arábia Saudita nos ataques de 11 de Setembro de 2001 reinvindicados pela Al-Qaeda. Este é o primeiro dos documentos que se esperam que venham a ser divulgados sobre a investigação aos ataques terroristas, na sequência de um decreto assinado pelo Presidente Joe Biden.
A nota recém-desclassificada do FBI sobre o 11 de Setembro, datada de 4 de Abril de 2016, destaca as ligações entre Omar al-Bayoumi - que era supostamente um estudante saudita em Los Angeles, mas que o FBI suspeitava de ser um agente saudita - e dois homens que estariam entre os sequestradores, Nawaf al- Hazmi e Khalid al-Mihdhar, a quem ele é suspeito de ter fornecido assistência logística.
O documento também mostra ligações entre esses dois homens e Fahad al-Thumairy, um imã de uma mesquita de Los Angeles e diplomata credenciado no Consulado saudita no final dos anos 1990.
Das 19 pessoas que sequestraram quatro aviões - dois dos quais foram embater nas Torres Gémeas do World Trade Center - 15 eram cidadãos sauditas. Porém, a nota não faz qualquer ligação directa entre o governo saudita e os sequestradores.
O documento foi divulgado após uma carta enviada ao Presidente dos EUA, Joe Biden, por famílias de vítimas que estão a processar a Arábia Saudita por alegada cumplicidade na organização dos ataques. Os queixosos aguardam a publicação de mais documentos nos próximos seis meses, depois de um decreto assinado no início de Setembro por Joe Biden.
A Embaixada saudita em Washington disse, na quarta-feira, que “saúda a divulgação” dos documentos do FBI e que “qualquer alegação de que a Arábia Saudita é cúmplice dos ataques de 11 de Setembro é categoricamente falsa”.
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